De acordo com Mujica, os prisioneiros serão recebidos na condição de refugiados. Existem 120 pessoas que estão presas há 13 anos. Nunca viram um juiz, nem um promotor, nunca viram nada", disse Mujica. "O presidente dos Estados Unidos quer se livrar desse problema. Então, pediu a vários países que ofereçam refúgio a alguns [dos prisioneiros] e eu respondi que sim, acrescentou. Na gestão Obama, 43 prisioneiros de Guantánamo foram transferidos para 17 países.
Mujica lembrou que esteve muitos anos preso, durante a ditadura militar uruguaia, e que está disposto a acolher os prisioneiros de Guantánamo e suas famílias. Se querem fazer seu ninho e trabalhar aqui, que fiquem nesse país, disse o presidente. Quando questionado se exigiu algo em troca do governo norte-americano, Mujica respondeu: Eu não faço favores de graça. E acrescentou que, neste caso, faria porque sim.
Desde que assumiu a presidência norte-americana, Barack Obama prometeu fechar a prisão militar, onde os prisioneiros não têm privilégios previstos na Convenção de Genebra. Depois de denúncias de tortura e abusos, as Nações Unidas pediram, em 2006, o fechamento do centro de detenção. Mas o Congresso norte-americano não aprovou até hoje o fim da prisão.
AGENCIA BRASIL