A queda da busca das empresas por crédito em setembro foi concentrada nas micro e pequenas empresas (recuo de 5,8% ante agosto). Já nas médias empresas, houve avanço de 0,1%, e nas grandes a elevação alcançou 1,3% na busca por crédito. No acumulado do ano, as grandes empresas registram alta de 18,3%, frente ao mesmo período do ano passado. As médias empresas exibem crescimento de 4,4% no acumulado do ano. No entanto, as micro e pequenas empresas apresentaram queda de janeiro a setembro.
Quando analisado o tipo de empresa, a maior queda na demanda por crédito em setembro ficou para as empresas de serviços, com baixa de 6,9% na comparação com agosto. As empresas industriais caíram 6,2%, e as empresas comerciais 3,9%, no mesmo sentido. No acumulado do ano, dois dos três setores econômicos pesquisados exibem recuo nas demandas por crédito: -5,5% nas empresas comerciais e -3,7% nas empresas industriais. O crescimento da procura por crédito no acumulado do ano é observado apenas nas empresas de serviços (0,6%).
Por região, as maiores quedas foram registradas nas regiões Sudeste (-7,6%) e Norte (-6,8%). No Centro-Oeste a queda foi 6,1%. Na Região Nordeste o recuo chegou a 4,6%. A Região Sul foi a única que registrou expansão de 0,4% na demanda por crédito. No acumulado do ano todas as regiões geográficas do país tiveram queda, sendo que o maior recuo foi na Região Sul (-5,0%). Nas regiões Nordeste e Sudeste, as quedas acumuladas nos primeiros nove meses do ano alcançaram, respectivamente, 2,7% e 2,5%. As regiões Centro-Oeste e Norte tiveram queda de -1,8% e -1,4%, no acumulado do ano.
De acordo com os economistas da Serasa, a segunda queda mensal consecutiva da demanda empresarial por crédito ocorrida em setembro é um indicativo de enfraquecimento da atividade produtiva ao longo do terceiro trimestre deste ano, marcado por fortes oscilações da taxa de câmbio, elevações das taxas de juros e níveis de confiança empresariais menos expressivos.
Agência Brasil