Sete frigoríficos da Argentina estão com suas exportações de carne para a China suspensas devido ao registro de casos de covid-19 entre funcionários, disse nesta quinta-feira uma fonte do departamento sanitário argentino Senasa, que acrescentou que é possível que três das unidades comecem a retomar os embarques ao país asiático nos próximos dias.
A China é a maior compradora de carne bovina da Argentina, sendo o destino de 75% do total de 845.900 toneladas exportadas pelo país sul-americano no ano passado.
No entanto, por causa da pandemia, os países concordaram que, caso fosse registrado um caso de covid-19 em uma fábrica argentina, esta interromperia os embarques e solicitaria sua suspensão da lista de empresas autorizadas a exportar para a China até que o Senasa e o país asiático liberassem a reintrodução.
“Há sete [estabelecimentos] temporariamente suspensos”, disse à Reuters uma fonte do Senasa, que explicou que nos próximos dias três deles poderão voltar a ser incorporados pela China à lista de companhias autorizadas.
Segundo a fonte, desde o início da pandemia um total de 11 frigoríficos se autoexcluíram de exportar para a China após a detecção de casos de coronavírus, de um total de 96 estabelecimentos que integram a lista de empresas permitidas a enviar carnes e pescados à potência asiática.
Autoridades chinesas afirmaram que o novo coronavírus foi encontrado em uma leva de frangos importados do Brasil após testes. A carga foi importada para a cidade de Shenzhen, uma das mais importantes da China.
Segundo comunicado do governo chinês nesta quarta-feira, 12, o diagnóstico foi feito por meio de testes em uma amostra retirada do lote. Por ora, funcionários que entraram em contato com a carga brasileira que já foram testados tiveram resultado negativo para a covid-19.