Economia

Dólar cai mais de 2% após fechar na maior alta em 18 anos

Foto: reprodução

Por G1

O dólar abriu o dia em queda nesta sexta-feira (19), após fechar na maior alta diária em 18 anos na véspera, diante do pânico dos mercados em relação a denúncias envolvendo o presidente Michel Temer. O movimento é de correção e também sente os efeitos da forte intervenção do Banco Central.

Às 9h30 a moeda norte-americana operava em queda de 2,26%%, cotada a R$ 3,3121 na venda, após fechar a R$ 3,3890 na sessão anterior.Depois de ter sido atingido por denúncias, feitas pelo empresário Joesley Batista, da JBS, para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou abertura de investigação contra o presidente Temer.

Para Alexandre Wolwacz, da L&S Investimentos, o recuo observado hoje no início dos negócios é natural e não tem relação com o conteúdo dos aúdios das conversas entre Temer e Joesley, divulgados na noite anterior.

"Ontem o dólar se afastou muito do preço médio dos últimos 30 dias. Quando isso acontece, é normal essa correção. O mercado ainda não teve tempo para digerir os áudios", disse ao G1.

Segundo ele, a moeda deve buscar um patamar em torno de R$ 3,22 nos próximos dias. "Mas isso [o movimento de ajuste] fica completamente anulado se o dólar romper a faixa dos R$ 3,41", completou.

Intervenção do BC
O BC manteve a oferta de até 8 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de moedas, para rolagem do vencimento de junho. Mas também anunciou que fará leilões diários de swaps cambiais até o próximo dia 23, ofertando até 40 mil novos contratos em cada atuação que decidir. Entenda o que são swaps.

Além do BC, o Tesouro Nacional também anunciou intervenção em razão da volatilidade no mercado e fará leilões nesta sessão, também até o dia 23, de compra e venda de títulos.

Véspera
Na véspera, o dólar subiu 8,15% e fechou a R$ 3,3890 na venda. Na máxima do dia, a moeda foi a R$ 3,44, segundo a Reuters, com o mercado reagindo reagindo à forte turbulência política iniciada na noite de quarta-feira (17), quando o jornal "O Globo" publicou notícia de que o dono da empresa JBS gravou o presidente da república, Michel Temer, dando aval para comprar silêncio do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.

Redação

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