Cidades

Suspeito de chacina em prostíbulo de SP, se entrega à polícia

Chacina ocorreu dentro de casa de prostituição em Jaboticabal (Foto: Antônio Luiz/EPTV)

O suspeito da chacina em uma casa de prostituição em Jaboticabal (SP) se entregou à Polícia Civil na tarde desta quinta-feira (22). O cabeleireiro William Roberto Ferreira Costa, de 27 anos, está acompanhado do advogado e ainda não prestou depoimento. A polícia não divulgará o local onde ele permanecerá preso por motivo de segurança.

Nesse momento, Costa acompanha os investigadores nas buscas pela arma do crime, que foi escondida em um canavial próximo ao prostíbulo, às margens da Rodovia José Pizarro (SP-305), entre Jaboticabal e Monte Alto (SP).

"Estamos diligenciando ainda, porque ele dispensou a arma e esse determinado local é de difícil acesso. Ainda tem uma equipe nossa, da Polícia Civil, diligenciando no local com vistas ao encontro dessa arma", afirmou o delegado Wanderley Santos.

Durante a manhã, o delegado afirmou que, apesar de não ter antecedentes criminais, Costa soube manusear com destreza o revólver calibre 38 que utilizou para assassinar as seis vítimas, na noite desta quarta-feira (22). Após a prisão, o delegado explicou que a habilidade se deve ao fato de o suspeito fazer serviços extras como segurança particular.

Ainda segundo Santos, o atirador é casado, tem um filho e agiu porque tinha a intenção de passar a noite com a garota de programa Dione da Silva Lima, de 30 anos. A mulher, no entanto, já estava com outro cliente no quarto.

"A carga probatória que nós temos no inquérito é muito robusta. Inclusive, ele próprio confessou com riqueza de detalhes como aconteceu. Nós conseguimos prendê-lo e ele já estava acompanhado de advogado", afirmou o delegado.

Ainda de acordo com o delegado, testemunhas relataram que o cabeleireiro disparou, na maioria das vezes, em direção às cabeças das vítimas. Além disso, recarregou o revólver diversas vezes e ainda recolheu os projéteis que ficaram espalhados.

"Ele foi muito calculista, muito frio e muito perito, também, em realizar a recarga dessas munições no revólver sem que deixasse cair as cápsulas no chão, ou seja, ele guardou as cápsulas para não deixar vestígios", afirmou.

Costa fugiu da casa de prostituição a pé e levando consigo a arma usada no crime. Porém, deixou para trás o carro, um VW Fusca 1500, onde estavam seus documentos pessoais, que permitiram à polícia identificá-lo.

O delegado afirmou que o atirador será levado a uma cadeia da região, onde deve prestar depoimento. A medida será tomada para evitar tumulto e tentativa de linchamento, uma vez que a chacina causou comoção em Jaboticabal.

"A população está inflamada, tanto pelo lado das vítimas, quanto pelo lado dele. Então, por uma questão de preservação da integridade física dele e dos nossos policiais, nós vamos manter essa informação em sigilo", completou.

O crime
 Segundo a Polícia Civil, o cabeleireiro chegou à casa de prostituição com a intenção de passar a noite com Dione da Silva Lima, de 30 anos, mas ela já estava acompanhada do empresário Anderson Ricardo Montenor, de 37 anos.

Irritado com a situação, Costa foi até o carro deixado no estacionamento, pegou o revólver e passou a atirar contra as pessoas que estavam no local. Ele ainda foi até o quarto onde o casal estava e atirou contra os dois.

Além da garota de programa e do empresário, também foram assassinadas a dona da casa de prostituição, Leonilda Lucindo, de 72 anos, e a neta dela, Elaine Cristina Lucindo da Silva, de 29 anos, que trabalhava como garçonete no local.

O barman Zacarias Castor Ataídes, de 55 anos, e outra prostituta, Maria Lucia do Carmo Alvarenga, de 46 anos, natural de Goiânia (GO), também foram baleados e morreram. Uma das vítimas chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.

 

Fonte: G1

 

Redação

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