Plantão Policial

Presos membros de grupo acusado de tortura e de levar celulares e drogas para presídio

Três homens e uma mulher foram presos pela Polícia Civil nesta terça-feira (2), por integrar uma facção criminosa acusada de cometer tortura e de levar celulares e entorpecentes para a Penitenciária Major Eldo Sá Corrêa, conhecida como Mata Grande, em Rondonópolis (210 km de Cuiabá-MT). Um adolescente de 16 anos também foi apreendido na ação.

Segundo a PJC, A equipe da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) estava monitorando um suspeito de comercializar drogas. O acusado foi visto em um carro com outro homem seguindo para uma estrada vicinal, que dá acesso aos fundos da unidade carcerária do município.

Os policiais mandaram os suspeitos parar o veículo, mas a dupla desobedeceu à ordem saíram em alta velocidade. No entanto, o condutor acabou perdendo o controle da direção e atingiu um barranco. Os acusados ainda tentaram fugir a pé em direção a uma região de mata, mas foram cercados e detidos pelos investigadores.

Em varredura pelo carro dos suspeitos, foram encontrados diversos aparelhos celulares, porções de entorpecentes e um drone. Ao ser questionada pelos agentes, a dupla admitiu que utilizaria o equipamento para lançar os materiais ilícitos na penitenciária.

Conforme a apuração policial, um dos suspeitos presos, de 25 anos, apresentava sinais claros de tortura. De acordo com a investigação, ele permaneceu por um período de, aproximadamente, 15 dias em cárcere privado em uma casa no Jardim Paiaguás sendo espancado, porque faria parte de um grupo rival. Ele também teria sido coagido a 'colaborar' com os criminosos rivais porque sabia operar drones. O grupo que cometeu a tortura era composto por três adultos e um adolescente.

Outros celulares e drone localizados 

A partir das informações, a equipe da Derf seguiu com as outras diligências para apurar as informações. Em uma das casas, a Polícia Civil localizou carregador de drone e outros apetrechos. Um outro suspeito encontrado no local, de 19 anos, alegou aos policiais que deu abrigo ao que sofreu a tortura a mando de um detento da unidade prisional.

Em diligência a outra residência, no Jardim Magnólia, foram apreendidos celulares já embalados para serem lançados na penitenciária, carregadores de celular, bateria e controle remoto de drone, entorpecente, um rádio amador e outros objetos utilizados para a empreitada criminosa. Nesta casa foi presa também uma mulher de 35 anos e apreendido o filho dela, de 16 anos.

Um dos suspeitos presos relatou ainda que na segunda-feira, o adolescente jogou celulares e drogas na penitenciária utilizando um estilingue e que também participou ativamente da sessão de tortura junto com os demais, enquanto a mãe fazia a filmagem.

Todos os cinco foram conduzidos à delegacia especializada e autuados em flagrante por diversos crimes, como organização criminosa, tortura, tráfico e associação para o tráfico de drogas. Os quatro adultos terão a prisão preventiva presentada pela autoridade policial. Já o adolescente terá solicitada a medida de internação e responderá por ato infracional análogo aos crimes de tortura e organização criminosa.

 

Redação

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