O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), irá permitir o uso do aplicativo Uber na cidade de São Paulo, segundo informações do Bom Dia São Paulo. Para a atividade ser regulamentada, será criada uma nova categoria de táxi conhecida como "táxi por aplicativo".
O carro terá que ser preto, com quatro portas e com até cinco anos de uso. As tarifas pelo Uber terão um valor máximo, e o motorista ou aempresa usarão o valor que quiserem desde que não ultrapassem o teto permitido. O novo modelo não terá taxímetro e a cobrança será realizada sempre pelo aplicativo.
Diferentemente dos táxis comuns, os carros do Uber não poderão andar pelos corredores de ônibus. E a Prefeitura vai criar uma licença especial com valor que será definido posteriormente. Esse valor deverá ser parcelado e o valor pago mensalmente deverá ser menor que o pago atualmente pelos taxistas.
A regulamentação deve ser feita até esta quinta-feira, prazo que o prefeito tem para sancionar ou vetar uma lei aprovada pela Câmara Municipal no dia 9 de setembro e que proíbe o aplicativo Uber na cidade.
No entanto, uma emenda introduzida pela prefeitura na última votação determinou que a administração fizesse estudos para aprimorar a legislação de transporte individual de passageiros e a compatibilização de novos serviços e tecnologias.
Na ocasião, taxistas fizeram uma manifestação a favor do projeto que travou ruas da região central de São Paulo. O Projeto de Lei 349/2014 é de autoria do vereador Adilson Amadeu (PTB). Ele foi aprovado em segunda votação com 43 votos a favor, três contra e cinco abstenções.
Reunião
Às vésperas de anunciar sua decisão, o prefeito se reuniu na terça-feira (6) com representantes de vários sindicados de taxistas e ainda com representantes do serviço Uber no Brasil.
Um dia antes, Haddad afirmou que a Prefeitura de São Paulo já concluiu estudos técnicos referentes a absorção de novas tecnologias no transporte. Disse ainda que tecnologias que agradam os usuários não podem ser dispensadas.
“Nós precisamos modernizar o serviço. Não podemos dispensar uma tecnologia que é do agrado do usuário em função de preconceitos. Mas temos que reconhecer que, sem regulação, esse serviço vai degradar, e não auxiliar a cidade”, disse.
Fonte: G1