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Operação cumpre 34 mandados contra membros de facção em MT e outros 3 estados

A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (FICCO-MT) deflagrou, na manhã desta sexta-feira (5), a Operação Parasita. A força tarefa visa cumprir 34 mandados judiciais contra integrantes de uma facção criminosa envolvida com tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, entre outros delitos. O líder do grupo está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE).

Ao todo, a Sétima Vara Criminal da Comarca de Cuiabá expediu 21 ordens de prisão preventiva e outras 13 de busca e apreensão. Os mandados serão cumpridos nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Paraíba.

Além da execução das ordens, a Justiça também determinou o bloqueio de até R$ 12 milhões nas contas bancárias dos investigados e o sequestro de diversos imóveis, valores em espécie e veículos pertencentes aos membros do grupo criminoso.

Em Mato Grosso, conforme as investigações, os suspeitos atuavam no comércio ilícito de entorpecentes nas cidades de Barra do Bugres, Alto Paraguai, Jaciara, Nova Olímpia, Feliz Natal e Nova Mutum. Nestas cidades, qualquer traficante que pretendesse traficar deveria ser previamente autorizado pelos líderes, sendo obrigado a adquirir a droga diretamente do grupo.

A organização era responsável pela carga de cerca de 500 quilos de maconha, apreendida em julho de 2019, em Rondonópolis. Na oportunidade, apenas duas adolescentes haviam sido apreendidas quando mantinham a droga em depósito a mando das lideranças da facção.

As investigações apontaram ainda que o grupo possuía setores operacional, contábil e financeiro e funcionava como uma espécie de franquia do crime, com conexões e relações comerciais com outras organizações criminosas, dentro e fora do Estado. O bando organizava a logística de fornecimento de entorpecentes para os integrantes de outras organizações atuantes na região nordeste do Brasil.

Também foi apurado que os membros pagavam taxas mensais e eram obrigados a repassar boa parte dos lucros das atividades aos chefes.

Os principais elementos, que já se encontravam presos, contavam com a ajuda de outros em liberdade para executarem suas ordens, recolhimento de dinheiro, distribuição de drogas e fiscalização das movimentações financeiras.

 

Redação

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