De acordo com um levantamento da Think Olga, que lançou a campanha #PrimeiroAssédio, a hashtag já foi reproduzida mais de 82 mil vezes. Além disso, diante dos milhares de relatos compartilhados nas redes sociais, a ONG feminista constatou que a maioria das vítimas tinha entre nove e dez anos quando foi assediada pela primeira vez.
Juliana de Faria, fundadora da Think Olga, lançou a ação há cerca de uma semana, quando uma criança participante de um reality show culinário sofreu agressões de conotação sexual na internet.
No site do projeto, um compilado das palavras mais citadas nos depoimentos também chama atenção. Entre elas estão: mão, tio, escola, ônibus, gostosa, homem, entre outras (que podem ser vistas na imagem abaixo).
A Think Olga também é responsável pela campanha "Chega de Fiu Fiu", que luta contra o assédio sexual em locais públicos.
Segundo notícia da "Folha de S. Paulo", após a mobilização nas redes sociais, a professora universitária Giovana Dealtry, 48, inspirou-se para organizar um livro com relatos da hashtag #PrimeiroAssédio. Os depoimentos serão recolhidos até o dia 15 de novembro.
"O objetivo é dar visibilidade a esses relatos, garantir que eles não morram nesse espaço do Facebook e possam permanecer como memória de uma luta horizontalizada de todas as mulheres", declarou à publicação.
Fonte: UOL