Jurídico

Homem é condenado a 20 anos de prisão por matar companheira

Em sessão do Tribunal do Júri realizada nesta segunda-feira (4) em Cuiabá, Raony Silva de Jesus foi condenado a 20 anos de prisão por feminicídio.

Os jurados acolheram a tese defendida pelo Ministério Público e entenderam que o homicídio foi praticado por motivo torpe com duas circunstâncias agravantes: emprego de meio cruel e praticado contra a mulher por razão da condição do sexo feminino.

De acordo com a denúncia oferecida pelo MPE, o crime foi cometido em 2 de abril de 2020, por volta das 21h, no condomínio Chapada dos Bandeirantes, bairro Chácara dos Pinheiros, na Capital. Na ocasião, o réu desferiu mais de 15 golpes de faca contra a sua esposa Aline Gomes de Souza.

“Os depoimentos colhidos durante a instrução processual, reafirmados hoje em plenário, demonstram que a relação do réu com a vítima sempre foi conturbada, envolvida por brigas, discussões e agressões, tanto que a mãe do réu, que residia na cidade de Primavera do Leste, se deslocou para Cuiabá no dia anterior ao crime para tentar acalmar a situação entre o casal”, observou a juíza Mônica Catarina Perri Siqueira na sentença.

A denúncia

Consta na denúncia que no dia do crime estavam no apartamento do casal o filho de quatro anos de idade e a mãe do réu. Raony Silva de Jesus utilizava o notebook no quarto, quando chamou pela vítima. Assim que ela entrou no recinto, o réu passou a agredi-la, puxando-a pelos braços e a jogando contra a parede, momento em que a sua mãe interveio, conseguindo segurá-lo e oportunizando à vítima que fugisse do local.

Na sequência, Aline Gomes de Souza pegou o filho no colo e saiu em direção ao espaço comum do condomínio. No percurso, a vítima pediu para uma vizinha pegar o seu filho, implorando “salva meu filho”, tendo o casal vizinho ficado com a criança. Depois saiu correndo em direção ao estacionamento do condomínio, enquanto era perseguida pelo companheiro, que tentava arrastá-la de volta para o interior do apartamento.

“Insurge dos autos que a genitora do réu começou a gritar por socorro e pedir ajuda, tendo efetuado ligações para Polícia Militar, certamente no intuito de dissuadir o filho do seu intento criminoso. Nesse momento, a vítima consegui se desvencilhar do agressor e saiu correndo novamente pelo estacionamento do condomínio em direção à portaria”, diz a denúncia.

Destinado a ceifar a vida da companheira, relatou o MPE, o réu retornou para o apartamento, pegou uma faca e foi ao encontro da vítima, tendo a alcançado no estacionamento do condomínio, momento em que passou a golpeá-la severamente com a faca.

Redação

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