Cidades

Criança é atingida por rojões na virada sofre graves queimaduras

Cinco pessoas da mesma família ficaram feridas em um acidente com fogos de artifícios durante a virada do ano em Mongaguá, no litoral de São Paulo. O caso mais grave aconteceu com uma criança de apenas cinco anos que, segundo familiares, teve queimaduras de terceiro grau em várias partes do corpo. Para a avó da criança, o acidente foi como “uma cena de guerra”.

Em um vídeo obtido pelo G1, é possível ver o momento exato em que os fogos começam a explodir em cima das pessoas, na praça Dudu Samba, no Centro de Mongaguá. Há muita gritaria e correria, enquanto as pessoas tentam se proteger, sem saber exatamente para onde correr, já que os rojões não tinham direção certa e explodiam em todos os lados.

Uma dona de casa ouvida pelo G1, que prefere não se identificar, sofreu graves ferimentos em um dos pés. Ela tentava proteger uma das sobrinhas quando foi atingida por um rojão e caiu na faixa de areia.

“Foi muito difícil. Parecia que a gente estava no meio de uma guerra. Os fogos vieram para cima de nós. Eu estava com as minhas quatro netas e a minha filha. Sumiu todo mundo na hora. Só me lembro de ter ido para a areia e agarrado minha sobrinha e uma neta. Eu pedi para ela correr, porque eu não consegui levantar do chão. Foi desesperador”, recorda.

Somente na família da dona de casa, cinco pessoas foram atingidas e precisaram de atendimento médico. Já segundo a Polícia Militar, pelo menos dez pessoas ficaram feridas. As vítimas foram levadas para o Pronto Socorro de Mongaguá logo após o acidente.

“Só na minha família foram três netas, uma sobrinha, além de mim. O fogo bateu no meu pé e explodiu. Mas a situação mais grave foi o da minha neta de cinco anos. Ela teve queimadura de terceiro grau no corpo todo. Foi terrível”, lamenta.

A Prefeitura de Mongaguá informou que contratou uma empresa para fazer a queima de fogos e disse que, provavelmente, um defeito nos rojões que provocou o problema. As quatro toneladas de fogos estavam centradas em um espaço próximo à areia da praia. Apesar do local ter sido isolado, centenas de pessoas estavam ao redor da área.

Para uma das vítimas, houve imprudência. “Estamos traumatizados porque a gente não esperava. Acredito que tenha sido imprudência. Além disso, não tinha nenhum carro de Bombeiro perto”, reclama a dona de casa.

Fonte: G1

Redação

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