Lotérica de Brasília onde foi feita a aposta vencedora de R$ 47,3 milhões na Mega-Sena (Foto: Raquel Morais/G1)
Mesmo com a greve dos bancários, o apostador de Brasília que acertou sozinho as seis dezenas da Mega-Sena conseguiu resgatar nesta quinta-feira (22) os R$ 47,3 milhões que ganhou sozinho. A Caixa havia informado que ele estava impedido de buscar o prêmio por causa da paralisação. Nesta sexta, o banco disse que o ganhador encontrou uma agência aberta no período da tarde e conseguiu retirar o dinheiro.
Cálculo feito pelo G1 apontou que, sem conseguir retirar o prêmio por causa da greve, ele "perderia” pelo menos R$ 11,5 mil por dia. O dado foi obtido com base no rendimento da poupança, que tem o menor índice do mercado.
O sorteio aconteceu nesta quarta-feira (21) em Manaus (AM). A aposta foi feita na lotérica Sonho Feliz, na quadra 302 Sul. O vencedor gastou R$ 98 e fez um jogo de oito números.
A chance de acerto com essa quantidade de dezenas era de 1 em 1.787.995. Com a aposta mais simples, de seis dezenas e que custa R$ 3,50, as chances de ganhar na Mega-Sena são de 1 em 50.063.860.
As dezenas sorteadas foram 08 – 15 – 29 – 35 – 45 – 54.
Lotérica
Curiosos começaram a visitar a lotérica pouco antes das 12h desta quinta. Responsável por registrar a aposta, a caixa Gabriela Mesquita disse estar feliz em ter dado sorte ao ganhador e afirmou esperar que o resultado anime outros moradores de Brasília a jogarem.
“Achei bom, porque pelo menos as pessoas acreditam mais, veem que a gente é pé quente. O pessoal jogava empolgado, com pose de ganhador, mas reclamando que nunca saía nada para aqui, só para São Paulo”, conta.
De acordo com os funcionários, a Sonho Feliz tem pouco movimento perto de outros estabelecimentos do tipo e só atinge 20 clientes em dias de véspera de sorteio. Este é o maior prêmio pago pelo lugar. A lotérica já havia registrado ganhadores na Quina.
Gabriela diz que ficaria feliz com um “presente” do vencedor, “qualquer que fosse”. Ela afirma que, se fosse a sorteada, compraria uma casa e um carro, além de ajudar familiares. Atualmente a mulher, que trabalha há três anos na lotérica, mora com os pais em Santa Maria.
"Nossa, é dinheiro demais, eu nem sei. Agora fiquei empolgada de continuar jogando. Faço apostas todos os dias, de segunda a sábado", declarou.
O mesmo sentimento tomou conta da podóloga Francisca Franco, que não parava de brincar com a situação pela manhã. Ela faz sempre duas apostas.
“Jogo toda semana, mas logo nessa semana eu esqueci. Passei distraída e não joguei. Só paguei as contas mesmo”, brinca. “Aí hoje vi no jornal. Não acredito. Agora vou ter de passar em casa, buscar dinheiro e jogar.”
Fonte: G1