Estudantes da Uniesp fizeram um protesto nesta sexta-feira (24) na sede da universidade, no Centro de São Paulo. Eles afirmam que a instituição está proibindo os alunos de fazerem as provas bimestrais enquanto não renovarem os contratos com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). A polícia foi chamada para conter o tumulto.
"Você estuda o feriado todo e não consegue fazer a prova. Se eu tenho financiamento é porque não posso pagar", disse a aluna Amanda Pessoa da Silva.
Muitos alunos têm tido problemas desde fevereiro para fazer a renovação do contrato com o Fies. O Ministério da Educação admitiu problemas técnicos no site e ampliou o prazo de renovação para 29 de maio.
Segundo reportagem do SPTV, a Uniesp decidiu que para fazer as provas, os alunos teriam que assinar um termo se comprometendo a pagar todo o valor do semestre caso o Fies não fosse renovado. "Não assinei. Se sou do Fies, não fou fazer outro contrato", disse Daiana Bernardo, aluna de direito.
A Uniesp afirma que o documento que os alunos têm de assinar é para informar o valor das matrículas. O MEC diz que a faculdade não pode impedir os alunos de fazer as provas porque os contratos não foram renovados.
Nesta quinta-feira (23), o Ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, pediu calma aos estudantes e disse que todos os contratos do Fies serão renovados.
A Defensoria Pública de São Paulo obteve na última quarta-feira (22) uma decisão judicial liminar que garante aos alunos da Uniesp o direito a frequentar aulas e realizar provas em seus cursos até a conclusão do processo de recadastramento junto ao Fies.
A Juíza Stefânia Costa Amorim Requena, da 36ª Vara Cível do Foro Central, concedeu medida liminar determinando que a Uniesp não impeça os alunos de participarem das atividades acadêmicas, até a conclusão do processo de recadastramento, sob pena de multa diária de R$ 1.000 para cada aluno em caso de descumprimento.
De acordo com os alunos, a faculdade não acatou a liminar. Eles decidiram então protestar na porta da Uniesp. A polícia foi chamada. Os policiais conversaram com a diretoria da escola e informaram aos estudantes que faziam o protesto que a faculdade vai permitir que eles façam as provas na semana que vem.
Fonte: G1