Cidades

Leilão de mansão de Abdelmassih acaba sem compradores

O leilão da mansão da família do ex-médico Roger Abdelmassih, localizada nos Jardins, área nobre da Zona Oeste de São Paulo, terminou na tarde desta sexta-feira (16) sem que nenhum comprador tenha feito o lance mínimo de R$ 16,6 milhões. 

O imóvel ficou em leilão por quase um mês. Começou sendo vendida por R% 18,4 milhões, teve um abatimento de 10% ao final da primeira rodada mas, nem assim, recebeu lance. Agora, o caso volta para a Justiça e o juiz terá de decidir vai mandar de novo a leilão ou se vai depreciar ainda mais o valor. 

O número de pessoas que visitaram o site da Lut Leilões onde o certame ocorreu, porém, superou as 6 mil visitas. 

A mansão ocupa uma área de 900 metros quadrados, sendo que a área total construída chega a 1,3 mil metros quadrados. A residência tem guarita para segurança, portões e muros altos, três suítes com closets, sala com lareira, espaço gourmet, vagas para dez carros na garagem, spa, sala de ginástica, piscina e até cinema. 

A mansão foi a leilão porque uma antiga cliente da clínica onde atuava Roger entrou com uma ação pedindo indenização alegando não ter recebido o tratamento de fertilização pelo qual pagou, em torno de R$ 137 mil, em valores atualizados pela Justiça em maio deste ano.

Residência
A mansão foi a residência de Roger no período em que era considerado um dos principais nomes da reprodução assistida no Brasil. Em 2010, ele foi condenado por crimes sexuais contra 37 ex-pacientes. O então geneticista sempre negou, alegando que apenas beijava as pacientes. No ano seguinte o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), no entanto, também cassou seu registro profissional. 

Para não ser preso, Roger fugiu com a atual mulher e os dois filhos para o Paraguai, onde foi preso em 2014. Ele atualmente está detido numa unidade prisional em Tremembé, interior do estado onde cumpre pena de 181 anos de prisão por estupros, atentados violentos ao pudor e atos libidinosos contra mulheres, entre 1995 e 2008. 

Está foi a primeira vez que o imóvel foi integralmente a leilão. Em outras oportunidades, foi disponibilizado para arrematação apenas um quinto da mansão pertencente ao filho de Abdelmassih, o médico Vicente Ghilardi Abdelmassih. Após a morte da mãe, em 2009 Vicente passou a ser dono da casa juntamente com seus irmãos. 

Ele sofreu o processo de execução do imóvel porque era sócio da clínica junto com o pai, apesar de ser dono de apenas 1% da empresa. Segundo o advogado de Vicente, Marcelo Giraldes, não é possível recorrer porque o processo está em fase de execução. Para liberar o leilão encerrado nesta sexta, a Justiça consultou os outros membros da família Abdelmassih sobre a possibilidade de colocar todo o bem à leilão, e não apenas um quinto. Eles não se opuseram. 

Fonte: G1

Redação

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