Cidades

Sobe para nove o nº de municípios em situação de emergência

Celso Ramos, na Serra, é o nono município de Santa Catarina em situação de emergência, segundo a Defesa Civil, ao lado de Lebon Régis, Papanduva, Agronômica, Ituporanga, Quilombo, Itajaí, São Cristovão do Sul e Angelina. Chapecó, no Oeste, decretou emergência na quinta-feira (22), mas ainda não houve o reconhecimento.

Nesta sexta-feira (23), a Defesa Civil contabiliza 93 municípios com ocorrências relacionadas à chuva nos últimos dias, com um total de 24.717 pessoas afetadas. As casas danificadas somam 5.602. São nove cidades com decretos de emergência.

Alagamentos e queda de barreira fecham rodovias em Santa Catarina nesta sexta-feira (23). A região do Vale do Itajaí amanheceu com cinco trechos com alagamentos. No Norte do estado, há uma pista fechada por deslizamento de terra.

Blumenau
Em Blumenau, depois de atingir um pico de 10,03m, à 1h, o Rio Itajaí-Açú baixou para 9,31 metros às 10h. A Defesa Civil do município registrou 129 ocorrências até a manhã desta sexta-feira.

Com esse nível, muitos pontos da cidade ficaram alagados, mas a água não chegou às principais ruas,como a avenida Beira-rio, a XV de Novembro, a Antônio da Veiga, na região da universidade, e a Humberto de Campos perto da Vila Germânica. Apenas um ponto da rua São Paulo, próximo à Central Funerária, a menos de um quilômetro do Centro foi alagado.

Cerca de 50 ocorrências de deslizamento foram registradas no município. A principal foi registrada na região da Nova Rússia, onde um deslizamento de terra atingiu quatro casas. Outros 20 imóveis precisaram ser evacuados por segurança.

As escolas, centros de educação infantil e campus da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) estão fechados nesta sexta. Apesar do tempo, a organização da Oktoberfest mantém a festa até domingo (25).

Vale do Itajaí
Em Rio do Sul, o nível do Rio Itajaí-Açú subiu de três a quatro centímetros por hora durante a madrugada. Na medição feita às 9h, o Rio Itajaí-Açu chegou a 10,6m. Às 6h, o nível do rio era de 10,71m. Dos 24 bairros, 21 têm pontos de alagamento nesta sexta-feira.

As aulas foram suspensas no município. Os atendimentos em saúde estão concentrados na Policlínica Regional e no Hospital Regional Alto Vale, já que os postos de saúde estão fechados por causa das áreas alagadas.

Segundo a Defesa Civil do município, são 736 pessoas desabrigadas, que correspondem a 198 famílias, alojadas em 14 abrigos da cidade.
Na Barragem de Ituporanga, o nível é de 33,79m, ou seja, continua vertendo água da barragem. As cinco comportas ainda estão fechadas. Na barragem de Taió, o nível é de 22,56m. Três das sete comportas, foram abertas.

Serra
Em Celso Ramos, um vendaval danificou casas e casou prejuízos à agricultura. A Defesa Civil ainda contabiliza os estragos na cidade.
Em Capão Alto, 10 comunidades estão isoladas, 150 famílias não conseguem sair de casa, por causa da cheia dos rios e várias pontes debaixo d'água.

Oeste
Durante a madrugada, a preocupação foi a cidade de Abelardo Luz, onde teve chuva de granizo, primeiro às 7h de quinta-feira, e depois no fim da tarde. Segundo os bombeiros, foram cerca de 10 minutos de chuva e vento. Eles atenderam cerca de 300 ocorrências.

Cinco cidades estão sofrendo com as fortes chuvas desde quinta-feira no Oeste, Chapecó, Seara, Abelardo Luz, São Miguel do Oeste e Caxambu do Sul.

Segundo a prefeitura de Chapecó, são 2,3 mil casas danificadas em 26 bairros – um total de 9,4 mil famílias prejudicadas pela chuva. Mais de 100 mil metros de lona foram distribuídas na quinta-feira. O prejuízo estimado pelas autoridades é de R$ 1 milhão.

Norte
No Norte do estado, a sexta-feira começou com trégua na chuva em Joinville. Os bombeiros voluntários não registraram nenhuma ocorrência em função da chuva na madrugada. Mais de 10 bairros foram afetados com alagamentos na quinta-feira. 

A Defesa Civil ainda está concluindo o levantamento dos afetados pela chuva, mas já contabiliza mais de 400 pessoas fora de casa.

Em Mafra, o rio Negro está causando preocupação, está subindo 9 cm por hora.

Em Três Barras, de acordo com a prefeitura, 60 famílias estão desabrigadas e outras 50 desalojadas em função da enchente. A Defesa Civil monitora 80 famílias que vivem em áreas com risco de alagamento.

Se a chuva persistir, os moradores dos locais de risco podem ser removidos das casas ainda nesta sexta-feira. Dos três abrigos montados para receber os atingidos pela chuva, um está lotado.

Fonte: G1

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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