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‘Ser pai é uma grande aventura’, diz Mário Frias, ao lado de Laura e Miguel

 
Em entrevista ao EGO para o especial de Dia dos Pais o ator de 42 anos – que está no ar em 'Malhação' – revela que tem fôlego de adolescente. Gosta de surfe, praia, tudo o que envolva esportes, e tenta passar a mesma disposição para os filhos, que nasceram em uma geração totalmente tecnológica: "Eu e Ju gostamos muito de esportes, gostamos de ir à praia. Lá você pode nadar, correr na areia… Tenho um jetski e recentemente fomos na Ilha da Gigóia com os dois. Foi inesquecivel, Miguel ficou louco. Esse tipo de coisa é o mais legal em ser pai: é se permitir olhar as coisas que você nem presta mais tanta atenção. Aí, de repente você se pega vendo o carangueijo, o tatuí.. Você se pega fazendo coisas que te fazem um bem gigante. Ao lado deles, posso ser criança de novo, me permitir, observar coisas que vi a vida inteira mas é novidade. O Miguel gosta muito de videogame, às vezes falo: 'Filho, olho no olho, vamos nos falar', apesar de ser um universo que eu sei que  também tenho que entender".
 
Laura e Miguel vieram em momentos diferentes na vida e carreira de Mário. Histórias que ele relembra com os olhos brilhando. "Quando fui pai do Miguel tinha 33 anos, foi uma surpresa maravilhosa, uma emoção muito forte, tinha uma mistura de muitos sentimentos, porque tinha perdido meu pai e minha irmã. Na verdade no nascimento dos dois tive emoções distintas porém muito profundas. O Miguel foi muito esperado, planejado. A Laura veio em um momento de muita expectativa, foi o complemento do casal. Quando ela nasceu, foi muito diferente, já estava mais velho, menos ansioso, mais paciente. E é diferente também por ser uma menina. A gente optou por não ter babá, ficar 24 horas com ela, o que é mais difícil, mais intenso. Com o Miguel a gente tem quase uma guarda compartilhada. Ele está sempre comigo, mas por ele ser menino era mais fácil pra mim. Menina tem aquela coisa de cuidado, de falar mais com carinho, mesmo ela sendo muito espoleta. A Laura é muito diferente do Miguel, ele é muito tranquilo, calmo, organizado. Ele senta para estudar e está sempre tudo direitinho, se eu mexo em alguma coisa ele nota. Já a Laura é um foguetinho, uma espoleta, uma figura, faz cena e é apaixonada por ele. Os dois foram uma uma grande aventura. Ser pai é uma grande aventura", conclui.
 
Nesta aventura de ser pai, Mário encontra algumas dificuldades, uma delas é dizer "não". O ator também sofre ao ver que os filhos estão crescendo e terão que enfrentar a dura realidade da vida. "Sou muito amoroso, encontro até certa dificuldade na hora de ser mais duro, porque educação não é só amor, né? Sei que apesar deles serem meus grandes amigos, meus amores, é preciso dar limites. Para mim tem sido uma aventura e um aprendizado constante. Não sou o cara do 'não', tenho menos tempo e procuro sempre ser o amigo, estar do lado. Percebo quando a escola pressiona e acho que esse momento de educação passa pelo que a escola e a familia conseguem trabalhar em comunhão. A criança precisa ter esse momento de independência. Precisa cair para levantar, precisa chorar para aprender que o pai não vai estar sempre por perto. A escola é o primeiro momento em que as coisas são mais duras. É o primeiro momento de ruptura. A Laura, por exemplo, chorou na escola. Nós ficamos tensos mas deixamos. Não foi um tombo, um corte, algo mais grave, foi saudade, então deixamos. Acho que tem que ter essa ruptura. Conto muito com a Ju, ela é a minha grande companheira, está com o Miguel desde que ele tem 2 anos. Me ajuda quando ele está com uma gripezinha, quando não quer comer, ela é muito paciente, digo que ela nasceu para ser mãe", diz o ator.
 
Durante a entrevista, Mário falou muitas vezes na educação como a chave de um futuro promissor para os filhos. Para ele, algumas mudanças que ocorreram do tempo em que ele era criança para cá não foram positivas. O ator espera resgatar alguns valores para que os filhos cresçam bem. "Espero poder colaborar para que eles possam ter personalidade própria, hoje em dia as pessoas estão sempre mirando em alguém, é dificil ver as pessoas ter pensamento próprio. Gostaria que fosse com eles como foi na minha infância, descobrindo, se aventurando, caindo e levantando. Acho que as pessoas precisam se olhar no olhos e as crianças também. Quero dar uma educação forte o suficiente para que eles tenham personalidade propria e encontrem dentro deles o que move eles a realizar seus sonhos", planeja ele.
 
Gravando em ritmo acelerado, Mário só lamenta não ter o tempo que gostaria para os filhos. Por conta da profissão sem rotinas, ensina às crianças que nem sempre eles terão o pai por perto em datas comemorativas: "Estamos gravando e os horários que tenho com eles são poucos. Levo a Laura na escola, vou trabalhar, quando volto já são oito da noite e ela já está no horário limite para descansar. Nos finais de semana costumo pegar o Miguel e ir com eles à praia, mas está bem difícil. Neste domingo vamos conseguir comemorar juntos o Dia dos Pais. Acho a data legal porque é uma desculpa para falar que ama, perdoar… Mas acho que dia das mães e dia dos pais é todo dia. E como a gente a vive a vida de artista, muitas vezes não vou poder passar datas comemorativas com eles. Acho que é uma coisa que a gente tem que festejar, mas a gente tem que colocar na educação que beijar e celebrar é todo dia".
 
EGO

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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