O trecho compreende três rodovias, sendo duas federais (BR-163 e BR-364) e uma estadual (MT-320).
O levantamento da CNT foi realizado com base em três parâmetros: pavimento, sinalização e geometria viária. Mais de 96 mil quilômetros de estradas federais e estaduais, de gestão pública e concessionada, foram avaliadas pelas equipes de checagem. O ranking da pesquisa tem a ligação entre a capital paraense, Belém, e o município de Guaraí, no estado do Tocantins, como o pior trecho do país.
Na outra ponta da lista está a estrada entre a capital paulista e o município de Limeira, que abrange trechos de duas rodovias estaduais e uma federal. Trata-se da melhor rodovia do Brasil, segundo a pesquisa, e – assim como as demais ligações rodoviárias no grupo das dez melhores – funciona sob gestão concessionada e está localizada no estado de São Paulo. Todas as dez piores ligações são de gestão pública.
Estradas de Mato Grosso
Em Mato Grosso, a ligação entre Cuiabá e Alta Floresta consistiu um dos mais importantes eixos econômicos do estado. O trecho abrange alguns dos principais municípios da produção agropecuária local, como Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sorriso e Sinop. Devido à importância para o escoamento da safra, produtores rurais mato-grossenses sistematicamente cobram há anos melhorias na estrutura rodoviária do trajeto, sobretudo na rodovia BR-163.
Por se tratar de jurisdição federal, a reportagem procurou o superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Garcia, mas ele não atendeu aos telefonemas para falar a respeito da BR-163 e da BR-364.
Já o secretário estadual de Transportes e Pavimentação Urbana, Cinésio Nunes de Oliveira, defendeu que já não inspira preocupações a situação da parte estadual do trajeto considerado a sétima pior ligação rodoviária do país. A rodovia estadual MT-320 é a última parte do ligação entre Cuiabá eAlta Floresta – a partir do município de Nova Santa Helena, a 622 km da capital – e já está sendo recuperada.
“Coincidentemente esta rodovia já está sendo restaurada com obra desde maio”, alegou o secretário, prometendo o final das obras para o final do ano em cerca de 180 km de estrada. Além disso, ele ponderou a classificação negativa das rodovias BR-163 e BR-364.
Segundo o secretário, assim como nas rodovias estaduais, o que em geral prejudica a qualidade das estradas em Mato Grosso é a alta demanda de fluxo, não a estrutura em si. Os buracos, afirmou, já não proliferam tanto nas estradas estaduais e federais, mas a falta de outras ligações entre os municípios produtores continua sobrecarregando a pouca estrutura existente.
Fonte: Nativa News