Na Avenida Almirante Barroso, esquina com Avenida Rio Branco, era possível identificar rastros de destruição. Vasos de planta foram quebrados e jogados no meio da avenida. Agências bancárias, que ficam na região da Cinelândia, tiveram portas e janelas de vidro quebradas. Um telefone público também foi arrancado e arremessado no meio da rua. Lixeiras também foram arrancadas e depredadas.
Na noite de terça-feira, o Centro teve mais uma noite de tumultos e confrontos nesta terça-feira (1°).A região virou praça de guerra pouco depois que a Câmara Municipal aprovou o projeto de lei do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) dos professores do município. Um grupo de mascarados se infiltrou entre os professores e desencadeou o tumulto.
Até o final da noite, 17 pessoas tinham sido detidas e muitas ficaram feridas durante a confusão. Vários ativistas registraram queixas em delegacias contra a violência policial. Vândalos mascarados — alheios à lei que impede o uso de disfarces — quebraram agências bancárias e depredaram prédios, provocando pânico nos trabalhadores que deixavam os prédios na Avenida Rio Branco.
A PM nega que tenha usado balas de borracha. “Pensei que fosse bala de verdade e achei que tivesse quebrado minha costela”, afirmou o ambulante, que exerce a função há 13 anos e é cadastrado pela prefeitura.
O Cine Odeon, onde eram exibidas sessões do Festival do Rio, e o Theatro Municipal, que sediaria um espetáculo de balé, fecharam as portas e adiaram as apresentações. Diversas empresas próximas à Cinelândia — e vizinhas à Câmara — liberaram seus funcionários com horas de antecedência para que evitassem o tumulto.
G1