Em agosto, 21,8% dos entrevistados disseram que têm dívidas ou contas em atraso (contra 22,4% em julho e 21,3% em agosto de 2012. A Peic mostra ainda que 7% dos entrevistados disseram não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso, uma queda na comparação com julho passado (de 7,4%) e com agosto de 2012 (de 7,1%).
O cartão de crédito continua sendo o principal tipo de dívida, como apontam 74,5% das famílias endividadas, seguido por carnês (17,3%) e financiamento de carro (12,8%).
Para as famílias que ganham até dez salários mínimos, 64,8% tinham dívidas em agosto, contra 66,4% em julho e 61,1% em agosto de 2012. Para as famílias com renda acima de dez salários mínimos, o percentual de famílias endividadas caiu ao passar de 58,9% em julho para 54,7% em agosto. Em agosto de 2012, o percentual de famílias com dívidas com esse nível de renda era 53,6%.
Segundo o estudo, a redução do número de famílias endividadas é compatível com a moderação observada no mercado de crédito e no volume de vendas do comércio, provocada pela menor confiança do consumidor em relação à renda e à inflação.
Se houve piora da percepção das famílias em relação ao nível de endividamento, o estudo registrou melhora na perspectiva da capacidade de pagamento, acompanhando a redução do endividamento e da inadimplência.
Na análise por faixa de renda, o índice de inadimplência das famílias de maior poder aquisitivo passou de 1,8% em julho para 2,9% em agosto. Para o grupo com renda até dez salários mínimos, o percentual caiu de 9,3%, em julho, para 8,1% em agosto.
A proporção das famílias que se declararam muito endividadas ficou estável de julho para agosto deste ano (13,3%), interrompendo uma alta de cinco meses consecutivos. Entretanto, segundo a CNC, esta foi a primeira vez em 2013 que a percepção de endividamento na comparação anual apresentou piora, com o percentual de muito endividados aumentando 0,2 ponto percentual.
Na comparação entre agosto de 2012 e agosto de 2013, a parcela que declarou estar mais ou menos endividada passou de 20,5% para 23,8%, e a parcela pouco endividada passou de 26,1% para 25,9% do total dos endividados.
Agência Brasil