Em entrevista concedida a jornalistas em Brasília, Borges negou a informação, publicada nesta sexta pelo jornal “O Globo”, de que, mesmo sem sair do papel, o trem-bala deve custar aos cofres públicos pelo menos R$ 1 bilhão até o fim do governo da presidente Dilma Rousseff, sendo R$ 900 milhões com a preparação do projeto executivo. Segundo o jornal, a informação foi dada pelo presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, resposável pelo trem-bala.
“Não haverá este gasto [de R$ 900 milhões com o projeto executivo], posso afirmar a vocês. Se eventualmente tiver necessidade de mais ou não [do que os R$ 267 milhões previstos no Orçamento], vamos avaliar. Mas nunca chegaremos a esse número [de R$ 900 milhões], posso afiançar a vocês”, disse o ministro.
De acordo com Borges, o número informado pelo presidente da EPL ao “O Globo” é “apenas uma estimativa com base no valor do projeto.” Ele não soube dizer qual é a real expectativa do governo para o custo do projeto executivo, mas apontou que há “uma determinação política” para que ele não ultrapasse os R$ 267 milhões.
Borges voltou a dizer que o governo não desistiu de leiloar o primeiro trem-bala brasileiro. Nesta semana, o ministro anunciou mais um adiamento da primeira licitação, para contratar a empresa que forneceria a tecnologia e seria a operadora do veículo, marcada para setembro.
“O governo adiou o projeto mas não abriu mão dele. O projeto vai andar. Não tenho dúvida de que o Brasil tem necessidade e vai ter o trem-bala nesse eixo Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro”, disse.
Custo
A estimativa da EPL é que o custo total do projeto do trem de alta velocidade (TAV) fique em R$ 35,637 bilhões. Esses gastos, no entanto, incluem a primeira etapa da licitação do empreendimento, relacionada à compra de trens, vagões e serviços complementares, a um custo de R$ 8,7 bilhões – fase que inclui a contração da empresa que será responsável por implementar a tecnologia do trem de alta velocidade e operar o serviço pelo prazo de concessão de 40 anos – e as obras de construção civil, que deverão consumir R$ 26,9 bilhões.
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