Cidades

Prefeitura vai à Justiça para que interventora comprove 17 mil mortes

A Prefeitura de Cuiabá, por meio da Procuradoria Geral do Município (PGM), irá interpelar judicialmente a interventora da Saúde de Cuiabá, Danielle Carmona, por sua afirmação de que 17 mil pessoas teriam morrido à espera de cirurgias eletivas na capital mato-grossense, vinculando os óbitos exclusivamente a Cuiabá.

De acordo com o prefeito Emanuel Pinheiro, é preciso esclarecer que a fila abrange moradores dos 141 municípios de Mato Grosso, demonstrando a fragilidade do funcionamento da saúde em todo o estado.

“Pela gravidade da afirmação, a PGM entrará com interpelação judicial contra a interventora para que ela prove, caso a caso, a vinculação destas mortes ao tempo de espera na fila de cirurgias eletivas, que não são consideradas de urgência. Ela terá que provar, com documentos, quem morreu, a data do óbito, onde a pessoa morava, o local do óbito e o motivo da morte destas 17 mil pessoas que ela afirmou, de maneira leviana e irresponsável, que morreram por demora na fila de espera, apenas para justificar o injustificável, que é a violência dessa intervenção que está perdida e sendo usada politicamente pelo governo do Estado”, disse Pinheiro.

Cirurgia eletiva é um procedimento planejado, não emergencial, em que o médico agenda o dia e horário de acordo com o mapa cirúrgico do hospital, buscando a ocasião mais adequada.

De acordo com o prefeito, para que fosse possível quantificar o número de pessoas que foram a óbito pelo fato de estarem esperando por uma cirurgia eletiva, seria necessário a realização de um estudo de acompanhamento de cada paciente, desde quando a cirurgia foi solicitada até a data do óbito, levando-se em conta a sua comorbidade e a causa da morte.

“Se este estudo foi realizado, se existem documentos comprobatórios de que todas estas mortes foram causadas por demora na fila de cirurgias que não eram de urgência, nós queremos ter acesso”, declarou Pinheiro.

Pinheiro disse ainda que, antes de dar crédito aos números apresentados pelo gabinete de intervenção, é necessário ouvir a população, verificar pessoalmente os atendimentos nas UPAs, policlínicas e postos de saúde para avaliar se realmente houve alguma melhora, além de checar os dados e números que são apresentados em relatórios, mas sem nenhuma prova da veracidade dos fatos narrados.

A intervenção foi decretada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), em março passado, para vigorar, inicialmente, 90 dias.

Redação

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