Economia

Confiança da indústria despenca e atinge nova mínima em abril, diz FGV

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) do Brasil caiu em abril à maior taxa já registrada na série histórica, atingindo nova mínima recorde, com os efeitos econômicos da pandemia de covid-19 amargando o sentimento dos empresários e elevando a incerteza sobre o futuro do setor.

Nesta quarta-feira, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que o ICI caiu 39,3 pontos em abril, para 58,2 pontos, maior queda já registrada e menor nível do índice desde o início da série histórica, em janeiro de 2001.

“O resultado da sondagem da indústria de abril expressa os efeitos nocivos da crise causada pelo Covid-19 sobre o setor”, disse em nota Renata de Mello Franco, economista da FGV-IBRE. “A confiança dos empresários no momento presente (…) desabou, e o crescimento sem precedentes do pessimismo em relação ao futuro fez com que o IE superasse em mais de 21 pontos seu mínimo anterior.”

Em abril, o Índice Expectativas (IE), que mede a percepção dos empresários sobre o futuro da indústria, recuou 46,6 pontos, para 49,6, enquanto o Índice de Situação Atual caiu 31,4 pontos, para 67,4. Ambos atingiram novas mínimas da série histórica em abril.

“O cenário para os próximos meses pode gerar novas surpresas negativas caso se mantenha o nível de incerteza elevada”, completou Renata.

Há semanas, medidas de contenção da pandemia de coronavírus têm interrompido boa parte da atividade econômica, com quarentenas e outras ações de distanciamento social fechando lojas e fábricas e mantendo os consumidores em suas casas.

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Economia

Projeto estabelece teto para pagamento de dívida previdenciária

Em 2005, a Lei 11.196/05, que estabeleceu condições especiais (isenção de multas e redução de 50% dos juros de mora)
Economia

Representação Brasileira vota criação do Banco do Sul

Argentina, Bolívia, Equador, Paraguai, Uruguai e Venezuela, além do Brasil, assinaram o Convênio Constitutivo do Banco do Sul em 26