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Vítimas de pintor que escondia ossos eram homossexuais

(fotoilustração getty imagens)

O pintor Jorge Luiz Morais de Oliveira, de 41 anos, preso na sexta-feira (25) suspeito da morte de um jovem de 21 anos já cumpriu pena por dois homicídios, segundo a polícia civil. Na casa dele, no Jabaquara, Zona Sul de São Paulo, a polícia encontrou outros três cadáveres e uma ossada na casa dele. Oliveira está preso temporariamente no 77º Distrito Policial, segundo a Secretaria de Segurança Pública. A polícia investiga se as mortes tem relação com homofobia ou dívida por drogas.

Segundo policiais que fizeram a sua prisão, o pintor confessou ter matado Carlos Neto Alves de Matos Júnior, de 21 anos, e que um crânio humano encontrado em sua casa foi pego em um cemitério. A vítima, segundo a polícia civil, era homossexual. De acordo com o delegado Édilzo Correia de Lima, a polícia trabalha com a hipótese de que uma moradora da região, que também seria homossexual e que já estava desaparecida há meses, seja uma das outras vítimas encontradas na residência.

O delegado ressaltou, no entanto, que tanto Júnior quanto a mulher desaparecida eram usuários de drogas.

Mãe pediu para filho se entregar

O assassinato ocorreu na noite da última quarta-feira (23) na residência do pintor, localizada na Rua Professor Francisco Emídio da Fonseca. Segundo a polícia, o pintor confessou ser o responsável pela morte e se entregou após um telefonema da mãe dele.

A polícia chegou ao imóvel após uma denúncia e localizou o corpo de Júnior enterrado em um cômodo da casa. A mãe do acusado, que mora em frente, informou ter visto a vítima e o filho entrarem juntos no imóvel. Segundo ela, o pintor saiu da residência na manhã de sexta e não voltou mais. A pedido dos policiais, a mãe e a irmã do suspeito ligaram para ele e o homem decidiu se entregar, segundo o boletim de ocorrência.

Em depoimento, o suspeito disse que Júnior entrou em sua casa com uma faca na mão na companhia de outro rapaz. Segundo ele, após uma discussão, a vítima o esfaqueou no braço, ele conseguiu tomar a faca de Júnior e começou a golpeá-lo. O rapaz que estava com o jovem fugiu durante a briga, de acordo com a versão do suspeito.

Ao perceber que a vítima estava morta, o pintor afirmou ter se desesperado e decidido enterrar o corpo. Ao realizar a perícia no imóvel por causa do assassinato, foram localizados três cadáveres e uma ossada. As outras vítimas não haviam sido identificadas até este domingo.

A Polícia Militar achou também roupas manchadas de sangue, uma faca, um soco inglês, e um celular, que foi reconhecido por uma manicure de 33 anos como sendo de sua irmã, que está desaparecida. Segundo ela, o boletim de ocorrência ainda não havia sido registrado.

Por estar com ferimentos no braço e na perna direita, o pintor foi encaminhado ao Hospital São Paulo, onde foi medicado antes de ser levado à delegacia. A perícia foi realizada e todo o material encontrado no imóvel, apreendido. O caso foi registrado no 16º Distrito Policial, na Vila Clementino.

Fonte: G1

Redação

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