Até ele admite que, sendo como é, provavelmente ainda estaria aperfeiçoando cenas de "The Imitation Game" ao invés de divulgar o filme esta semana no Festival Internacional de Cinema de Toronto.
Esse é o preço de se trabalhar com o inglês Cumberbatch, um dos atores mais requisitados no momento dos dois lados do Atlântico. No mês passado, ele ganhou seu primeiro Emmy, o Oscar da televisão norte-americana, por seu papel de um Sherlock Holmes moderno na minissérie da BBC "Sherlock".
Atualmente com 38 anos, ele é um dos favoritos à indicação de melhor ator no Oscar por sua interpretação de Alan Turing, improvável herói britânico na Segunda Guerra Mundial.
Em "The Imitation Game," Turing é o matemático brilhante que decifra o código alemão Enigma, ajudando a por um fim à guerra e salvar milhões de vidas. Ele tirou a própria vida aos 41 anos depois de ser condenado por ser homossexual.
O diretor Morten Tyldum disse que Cumberbatch, sua primeira escolha para o papel de Turing, mostrou-se "um ator desafiador porque espera muito de você".
"Quando eu dizia 'temos uma tomada fenomenal aqui, encerramos, vamos em frente', ele dizia 'deixe-me tentar fazer algo diferente'", relata Tyldum. "E ele ia e fazia uma coisa ainda melhor, na qual eu nem sequer pensaria".
Keira Knightley, que vive Joan Clarke, a solitária colega da equipe de decifração de códigos, xadrez e quebra-cabeças de Turing, declarou que "seu muito velho amigo" é incansável na busca pela grande interpretação.
"Ele sempre dá trabalho", afirmou Keira. "Ele sempre questiona tudo e é muito, muito apaixonado e comprometido em fazer o melhor que pode e não pegar atalhos. Ele é assim na vida e no trabalho".
Cumberbatch disse querer dar opções a Tyldum quando ele fosse editar a produção, e que seria capaz de filmar o dia inteiro. "Ainda estaria no set se tivesse escolha", disse.
Mas Cumberbatch também afirmou que, como protagonista, toma cuidado para não esgotar o tempo de todos e exasperar os colegas de elenco.
UOL