Mix diário

Toffoli viajou em jatinho com advogado de diretor do Master

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o advogado Augusto Arruda Botelho, ex-secretário nacional de Justiça, pegaram carona no mesmo jatinho para assistir a final da Libertadores em Lima, no Peru, disputada no dia 29 de novembro. Botelho é advogado do diretor de compliance do Banco Master, Luiz Antonio Bull, que foi preso na Operação Compliance Zero e agora está em liberdade provisória com tornozeleira eletrônica. Toffoli é o relator da investigação sobre as suspeitas de fraudes financeiras da instituição na Corte.

Palmeirenses, Toffoli e Botelho viajaram juntos no voo privado do empresário Luiz Oswaldo Pastore, um amigo em comum. Ao todo, 15 pessoas estavam na aeronave, entre elas o ex-deputado Aldo Rebello. A viagem foi revelada por Lauro Jardim, no jornal O Globo, e confirmada pelo Estadão por um dos participantes do voo, que pediu anonimato.

Na ocasião, Toffoli ainda não era o relator do processo, que ainda não havia sido distribuído ao gabinete do ministro, que foi sorteado para a função.
Procurados pelo Estadão, o advogado e o ministro não quiseram comentar a viagem. Aldo Rebello também foi procurado, mas não atendeu a reportagem.
Toffoli colocou o processo do Master em sigilo no último dia 3.

O ministro recebeu o processo da Justiça Federal a pedido da defesa de Daniel Vorcaro, dono do Master, depois que a Polícia Federal apreendeu, em um dos endereços do banqueiro, um envelope com o nome do deputado federal João Carlos Bacelar (PL-BA). O STF é o tribunal responsável por processar e julgar parlamentares.

O deputado alegou que participou da constituição de um fundo para construir um empreendimento imobiliário em Trancoso, em Porto Seguro (BA), e por isso foi procurado por Vorcaro. Segundo ele, o empresário manifestou interesse em comprar uma parte do empreendimento, mas o negócio não foi adiante.

Como mostrou o Estadão, investigadores da PF entendem que, até agora, não existem suspeitas em torno do negócio imobiliário e, por isso, na avaliação deles, não há elementos para manter a investigação no STF. Após a decisão do ministro, a 10.ª Vara Federal de Brasília suspendeu o andamento do inquérito da Polícia Federal e enviou toda a papelada do caso ao STF, como quebras de sigilo e bloqueios de bens, para que Toffoli avalie se também devem tramitar no Supremo.

Estadão Conteudo

About Author

Deixar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Você também pode se interessar

Mix diário

Brasil defende reforma da OMC e apoia sistema multilateral justo e eficaz, diz Alckmin

O Brasil voltou a defender a reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC) em um fórum internacional. Desta vez, o
Mix diário

Inflação global continua a cair, mas ainda precisa atingir meta, diz diretora-gerente do FMI

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva disse que a inflação global continua a cair, mas que deve