Cidades

Tiro que matou menino Eduardo no Alemão partiu de PM

O resultado do inquérito que investigou a morte do menino Eduardo de Jesus Ferreira, de dez anos, que foi morto com um tiro na porta de casa, no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio, no dia dois de abril, foi disparado por um policial. Como os PMs que faziam parte da operação entraram em confronto com traficantes e o menino ficou na linha de tiro, as investigações consideraram que os agentes atuaram em legítima defesa. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público. A informação foi obtida, com exclusividade, pela Globo News.

Um laudo feito por peritos da Polícia Civil concluiu, ainda em abril, que Eduardo havia sido morto por um tiro de fuzil. Informações de testemunhas já haviam confirmado esta informação.

A doméstica Terezinha Maria de Jesus, 36 anos, mãe da criança, voltou para o Piauí, sua terra natal, em julho. Ela desembarcou no estado com duas filhas, um neto, e o genro.

Os pais do garoto estiveram no estado para o enterro de Eduardo, mas retornaram ao Rio para acompanhar as investigações da morte e participar da reconstituição do crime, que foi feita pela Divisão de Homicídios (DH). Porém, desde a morte, Terezinha havia manifestado vontade de voltar a viver no Piauí.

Em junho, Terezinha afirmou ao G1 que o estado do RJ pagou a indenização prometida à família. Os valores não foram divulgados.

O crime
Eduardo de Jesus Ferreira foi baleado na porta de sua casa e morreu no fim da tarde do dia 2 de abril deste ano. Terezinha diz ter certeza de que um policial fez o disparo.

"Eu marquei a cara dele. Eu nunca vou esquecer o rosto do PM que acabou com a minha vida. Quando eu corri para falar com ele, ele apontou a arma para mim. Eu falei ‘pode me matar, você já acabou com a minha vida’”, contou.

Os policiais que participaram da operação que culminou com a morte do menino foram afastados das ruas.

Segundo o laudo da perícia, a criança foi atingida por uma bala de “alta energia cinética”, possivelmente disparada de um fuzil. Na ocasião, policiais militares tinham sido atacados por suspeitos e estavam revidando a agressão numa área de mata, conhecida como Areal.

Fonte: G1

Redação

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