Jurídico

Supostos membros do Comando Vermelho tem prisão mantida por juíza

Quatorze réus investigados na ação penal por suposta atuação na facção Comando Vermelho de Mato Grosso (CVMT) têm o pedido de revogação da prisão preventiva negado pela juíza da 7ª Vara Criminal, Selma Rosane Arruda. A decisão foi publicada no Diário de Justiça desta quinta-feira (24), mas foi determinada no dia 4.

Considerada uma das maiores facções atuantes no Brasil, a divisão é responsáveis por comandar o tráfico de drogas e armas, crimes patrimoniais e até determinar homicídios, isso tudo do lado de dentro dos presídios estaduais.

Na decisão a juíza menciona a gravidade dos delitos imputados aos acusados. “O caso preenche o requisito objetivo para a decretação e manutenção da prisão preventiva, previsto no artigo 313, inciso I, do Código de Processo Penal, ou seja, se trata de crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 04 anos”, constatou a magistrada Selma Arruda.

A magistrada também relatou os indícios que relacionam a autoria dos crimes através das provas, sendo que ao soltar os réus estaria colando em risco a ordem pública e econômica, além do andamento das investigações acerca do processo.

Outro ponto verificado pela magistral é a operacionalidade do grupo através de seu alcance territorial, no qual revela a gravidade concreta dos delitos. “O envolvimento dos acusados com a organização criminosa ora tratada, bem como a posição que ocupavam dentro dela, são circunstâncias que demonstram a especial gravidade de suas condutas, assim como concretamente sua periculosidade”.

Selma Rosane cita os ataques que ocorreram em junho deste ano, na Capital. “Mato Grosso vem enfrentando uma onda de ataques promovidos pelo Comando Vermelho. Segundo restou apurado a referida organização criminosa passou a atacar e incendiar ônibus das empresas de transporte coletivo da capital, delegados e viaturas policiais. Vê-se, assim, que o grupo criminoso encontra-se em plena atividade dentro do Estado de Mato Grosso, já que passaram a atentar contra as instituições de segurança deste Estado, bem como aterrorizar a população do bem”, relatou ao negar os pedidos de liberdade.

Veja abaixo a lista dos nomes que tiveram a liberdade negada e suas atividades dentro da facção:

Luiz Fagner Gomes Santos (compõe a tesouraria do grupo criminoso)

João Luiz Baranosk (líder da facção no norte do estado de Mato Grosso)

Eduardo dos Santos Bravo (colabora com a facção)

Edivaldo da Silva Bulhões (interlocutor que decreta a morte de vítimas do Comando)

Wellington de Oliveira (confessou ser batizado, mas nega fazer parte do “conselho”)

Sidney Bittencurt (conselheiro do Comando)

Rhuyter Neris

Bruno da Rocha (participante e interlocutor de diálogos responsável por uma execução)

Jhonatan da Silva (membro da facção)
Everton dos Santos (dirigia os veículos após a prática dos delitos)

Franthesco dos Santos (executou o decreto de morte de Thaisa Caroline e outros dois indivíduos)

Márcio Neves Ribeiro (interlocutor da facção)

Janderson Almeida da Cruz (participação através de diálogos realizados pelos membros)

Reginaldo Aparecido Moreira (confessou sua participação na facção, alegando, porém, que obedecia aos comandos da facção para “proteger” seu irmão que estava preso)

Redação

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