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St. Vincent | Crítica

 
No filme, Bill Murray vive Vincent, um homem mal-educado, beberrão, cínico e trapaceiro. Falido, seu cotidiano de excessos é abalado quando ele aceita cuidar, por dinheiro, do filho adotivo (Jaeden Lieberher) da nova vizinha (Melissa McCarthy).
 
St. Vincent é exatamente o tipo de "feel good movie" esperado quando se lê a premissa e os nomes envolvidos. Filme fácil, já testado, de trocas e influências entre gerações. No entanto, é muito bem executado – e funciona especialmente pelo interesse dos atores.
 
Murray sai de sua zona de conforto em comédias, dando uma interpretação com momentos de emoção genuína. Mas é o novato Lieberher, ótimo, que segura a onda ao lado do veterano. McCarthy e Naomi Watts, como uma prostituta russa, também optam por mostrar lados completamente distintos dos que estamos acostumados a ver nelas (o que é especialmente literal no caso de Watts).
 
Mesmo que tenha aquela sensação de "já vi esse filme", o tema da família disfuncional, formada por párias e pessoas lutando por espaço e amor – na linha de Melhor é Impossivel – é conduzido de maneira certeira por Shapiro. Sem sentimentalismo em excesso, com boas piadas, uma história sólida e atuações realmente inspiradas. Se não traz nada de realmente novo, ao menos St. Vincent cumpre sua tabela com louvor.
 
Omelete

Redação

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