Um estudo inédito da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), com a colaboração da GO Associados, mostra que o transporte aéreo contribui com 1,8% da produção total do Mato Grosso, ou o equivalente a R$ 3,4 bilhões. Nesse valor, está incluída a receita das companhias aéreas (transporte de passageiros e cargas) e de seus fornecedores, mais o turismo viabilizado pelo setor aéreo. Também entra na soma o consumo familiar dos trabalhadores que integram essa cadeia. A parcela é inferior à contribuição do setor medida no plano nacional, estimada em 3,1% do total da produção brasileira.
Além disso, a aviação e os setores que ela impulsiona geraram 61,6 mil empregos no Mato Grosso em 2015, com o pagamento de quase R$ 581 milhões em salários. O setor aéreo contribui também com a arrecadação de R$ 253,2 milhões em impostos no estado.
O estudo tem como objetivo medir o impacto da aviação na economia nacional e em todos os estados brasileiros, mais o Distrito Federal. O levantamento tem como base o ano de 2015 e usa fontes públicas, tais como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
Em termos relativos, para cada R$ 1 que a aviação adiciona à produção econômica do estado, R$ 5,2 são gerados em produção na cadeia do turismo catalisado pelo modal de transporte. No tocante aos empregos, para cada posto de trabalho ocupado na aviação, 5 outras pessoas são contratadas no turismo derivado do Maranhão.
“Olhando dessa forma fica bem fácil perceber como estímulos ao setor aéreo se espalham e se multiplicam pela economia. Aqui mostramos esse efeito multiplicador no turismo, mas essa mesma lógica vale para outros setores, como o de comércio, para não falar nos benefícios de uma maior conectividade doméstica e internacional. A aviação tem essa característica de criar e reforçar ciclos virtuosos de desenvolvimento”, explica o presidente da ABEAR, Eduardo Sanovicz.
Cenário
A publicação Voar Por Mais Brasil – Benefícios da Aviação, que contém o estudo, traz não somente os dados dos impactos econômicos do setor, mas apresenta também o quadro de fatores sociais e econômicos que facilitam ou dificultam a oferta de transporte aéreo nas localidades, condicionando assim os resultados verificados.
Mato Grosso contribui com 1,88% do total de embarques anuais em voos domésticos, parcela proporcional à participação de sua economia na produção brasileira, de 1,91%.A quantidade de viagens aéreas entre os mato-grossenses é de 0,55 embarque por habitante, superior a média do país, de 0,47.
Os dados de densidade demográfica e produção per capita são muito distintos dentro do próprio estado, que é bastante extenso. A movimentação turística é muito expressiva. O transporte de carga aérea é pequeno para os números da economia local.
“A tributação sobre o combustível de aviação, como regra geral, não é feita pelo teto, mas está longe da alíquota mínima. A aviação tem participação na produção estadual acima média brasileira, merecendo incentivos para potencializar o turismo e ampliar ainda mais a já relevante contribuição social e econômica”, afirma Maurício Emboaba, consultor técnico da ABEAR.
A aviação brasileira contribuiu com 3,1% da produção total do país, ou o equivalente a R$ 312 bilhões em 2015. Ao todo, foram gerados 6,5 milhões de empregos, com o pagamento de R$ 59,2 bilhões. O transporte aéreo também respondeu pela arrecadação de R$ 25,5 bilhões em impostos.
Segundo o levantamento, tomando como exemplo os números nacionais, para cada R$ 1 que aviação gera como produção econômica direta, são gerados R$ 5 em produção no turismo viabilizado pelo modal. Se olharmos para as ocupações, para cada profissional contratado pela aviação, mais de oito postos de trabalho são amparados no turismo catalisado. (Com Assessoria)