Política

Secid vai apresentar três projetos alternativos para conclusão do VLT

O secretário de Cidades, Wilson Santos, disse, nesta terça (17) que irá apresentar ao governo três projetos alternativos para conclusão das obras do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) em Cuiabá e Várzea Grande. As obras estão paradas desde dezembro de 2014 e em agosto a Procuradoria Geral do Estado (PGE) anunciou o rompimento definitivo do contrato com o Consórcio Cuiabá Luz em decorrência da Operação Descarrilho, da Polícia Federal.

“O governo, de maneira reserva e silenciosa, vem estudando novas alternativas para retomar as obras do VLT. Não temos prazo [para retomada dos serviços], devo apresentar ao governador três alternativas para que ele possa aprofundar os seus estudos e definir sua decisão, decisão que é exclusivamente do governador Pedro Taques”.

Santos afirmou que as obras estão hoje paradas por entraves “mais jurídicos que de engenharia”, construídos na gestão de Silval Barbosa (PMDB). Até o fim de agosto, governo e o Consórcio VLT em discussão sobre uma nova proposta de acordo para a retomada dos serviços, cuja execução está abaixo de 50%.

A decisão de romper em definitivo ocorreu depois de Silval Barbosa confessar que recebeu propina das empresas que compõem o consórcio, esquema revelado em delação premiada à Procuradoria Geral da República (PGR). O mesmo conteúdo serviu de base para a operação da PF.

“A obra complexa, ela foi originada do BRT [projeto inicial para transporte na Grande Cuiabá], depois mudaram para o VLT, cheios de más intenções. Roubaram dinheiro, desviaram recursos públicos, contaminaram essa obra, o governador passado admitiu que roubou [em fraudes de contratos], é uma loucura completa. Desfazer esse pecado, descontruir essa cipoal de malandragem não é simples, não é fácil. Hoje é algo muito mais jurídico que de engenharia”.

A Operação Descarrilho, deflagrada no dia 9 de agosto, aponta fraudes na licitação, associação criminosa, corrupção ativa e passiva, lavagem de capitais, peculato entre outros crimes ocorridos durante a escolha do modal.

À época, a Polícia Federal cumpriu 18 mandados de busca e apreensão contra empresários, políticos e em empresas, sendo dez em Cuiabá (MT), um em Várzea Grande (MT), um em Belo Horizonte (MG), um no Rio de Janeiro (RJ), um em Petrópolis (RJ), dois em São Paulo (SP) e dois em Curitiba (PR). A PF cumpre ainda um mandado de condução coercitiva na capital mato-grossense.

Redação

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