O senador Romário Faria teve a Carteira Nacional de Habilitação suspensa por 12 meses pelo Detran do Rio de Janeiro por “dirigir sob influência de álcool”, em 2012. O parlamentar foi notificado pelo órgão sobre a suspensão no último dia 22 de outubro, informando que Romário perdeu o período de defesa prévia, primeiro recurso de três possíveis. Três anos após a autuação, o ex-jogador ainda pode recorrer à Junta Administrativa de Recursos de Infrações do órgão, até o dia 11 de dezembro. Caso o recurso não seja realizado ou seja indeferido, Romário ainda pode levar o caso ao Conselho Estadual de Trânsito.
A suspensão – noticiada pela Folha de São Paulo – é referente ao caso ocorrido em 26 de fevereiro de 2012, quando Romário foi parado em uma blitz da operação Lei Seca, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade. Na ocasião, o senador se recusou a soprar o bafômetro e foi liberado com o carro, após apresentar um motorista habilitado para conduzir o veículo.
Desde 2011, Romário já foi multado três vezes pelo mesmo motivo. A primeira autuação também ocorreu na Barra, em julho de 2011, e consta como cancelada. A última foi registrada em março de 2014, na Estrada Lagoa-Barra, na Zona Sul. Em julho desse ano, o senador foi multado por dirigir sem documento. Essa última é a única autuação na carteira de Romário nos últimos 12 meses, de três pontos.
“Em face da Instauração do Processo de Suspensão do Direito de Dirigir e em virtude do condutor não ter apresentado Defesa Prévia deixando de exercer seu direito fundamental ao contraditório e à ampla defesa, resolvo: 1- Aplicar a Penalidade de Suspensão do Direito de Dirigir (…) ao motorista abaixo relacionado, pelo prazo de 12 meses + Curso de Reciclagem – CRCI, conforme determina no artigo 261 do Código Brasileiro de Trânsito”, diz trecho da decisão publicada pelo Detran, no último dia 22.
Apesar da determinação, o órgão informa, por meio de assessoria de imprensa, que até que seja definido o processo de suspensão e que sejam esgotadas todas as possibilidades de recurso, Romário pode dirigir normalmente. Caso desista do recurso e não entregue a carteira no prazo estipulado, o parlamentar poderá ter a carteira cassada, caso seja flagrado dirigindo.
O EXTRA tentou contato com a assessoria de comunicação de Romário e com o próprio senador, mas, até a publicação desta reportagem, não teve resposta. O gabinete do parlamentar no Rio de Janeiro diz não ter informação sobre o caso.
Fonte: G1