Após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello decidir manter a nomeação de Wellington Moreira Franco à Secretaria-Geral da Presidência da República, na tarde desta terça-feira, a Rede Sustentabilidade, autora do mandado de segurança contra a indicação do peemedebista, informou que recorrerá da decisão.
O advogado e ex-juiz federal Márlon Reis, um dos responsáveis pelo pedido da Rede, afirma que o recurso só depende da publicação da decisão e lembra a decisão do ministro Gilmar Mendes que barrou a nomeação do ex-presidente Lula à chefia da Casa Civil, em março de 2016. “O STF decidiu de forma oposta em dois momentos idênticos. Mas temos esperança de que o plenário repare esse equívoco”, disse Reis.
O presidente Michel Temer fez uma rápida menção ao caso, por meio de seu porta-voz, Alexandre Parola. “O presidente Michel Temer recebeu com tranquilidade a decisão do ministro Celso de Mello, que negou provimento à liminar que visava a impedir a nomeação do ministro Moreira Franco para o cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República”, limitou-se a dizer.
Homem de confiança de Temer, Moreira Franco tomou posse como ministro na sexta-feira retrasada, quatro dias depois de a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, homologar as delações de 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht.
Apelidado de “Angorá” na planilha da empreiteira, o peemedebista foi citado mais de 30 vezes na delação de Cláudio Melo Filho, ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht. Ele nega irregularidades.
Fonte: Estadão