A cerimônia foi realizada no Kremlin e transmitida ao vivo pela televisão russa.
A assinatura, realizada após as duas câmaras do Parlamento russo ratificarem o tratado de adesão, desafia o Ocidente, que não reconhece a incorporação da Crimeia e diz que ela ainda é parte da Ucrânia.Mais cedo nesta sexta, o Conselho da Federação (Câmara Alta do Parlamento russo) ratificou o tratado de incorporação da Crimeia à Rússia, um dia depois da Câmara Baixa.
Os senadores aprovaram de forma unânime este texto assinado na terça-feira (18) pelo presidente Vladimir Putine os líderes da Crimeia e Sebastopol, através do qual é anexada à Rússia esta região que estava desde 1954 sob a jurisdição da Ucrânia.
"Não somos testemunhas, somos os atores dos eventos históricos ocorridos nos últimos dias e cumprimos com nossa missão histórica com dignidade, com sentido de responsabilidade e patriotismo", declarou Valentina Matvienko, presidente do Conselho da Federação, ao fim da votação.
A ratificação do tratado por parte das duas câmaras do Parlamento era uma simples formalidade. O Kremlin havia indicado na terça que o texto entrava em vigor imediatamente após sua assinatura por parte de Putin.
Na quinta-feira (20), a Duma (câmara baixa do parlamento russo) ratificou o acordo por meio do qual a Crimeia e a cidade de Sebastopol foram anexadas à Rússia.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou nesta quinta que as incorporações da Crimeia e do porto de Sebastopol à Federação Russa serão formalizadas juridicamente esta semana.
"O processo jurídico será terminado esta semana", disse o chanceler russo em reunião com delegados do Ministério das Relações Exteriores nas entidades da Federação Russa, segundo as agências locais.
Uma vez que sejam terminados os trâmites no Legislativo, Putin poderá promulgar as leis, o último passo para completar o procedimento jurídico.
O projeto de lei constitucional, que determina que a Crimeia e Sebastopol são parte da Rússia desde 18 de março, o dia da assinatura do tratado, será apresentado hoje aos deputados por Lavrov.
G1