Os presos da unidade dois da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL 2) terminaram a rebelião por volta das 10h30 desta quarta-feira (7), cerca de 24 horas após o início do motim. A negociação foi intermediada pelo comando da Polícia Militar (PM) no município e pelo Departamento de Execução Penal (Depen) do Estado. Os detentos decidiram finalizar a rebelião após entregarem uma carta com diversas reivindicações à PM. Eles pedem melhorias na alimentação e no convívio com os agentes penitenciários, esvaziamento de setores superlotados e, principalmente, troca da atual direção da unidade, muito criticada pelos rebelados durante o motim.
Os rebelados anunciaram o fim da ação com acenos para os policiais e profissionais da imprensa. Depois disso, eles desceram dos telhados e se entregaram.
Onze presos foram feitos reféns durante a rebelião. Um deles ficou gravemente ferido após ser jogado do telhado da penitenciária na madrugada. Outros dois, que tentaram pular a o muro da unidade, quebraram as pernas e se recuperam bem no Hospital Universitário (HU).
Uma ambulância do Siate foi acionada para atender os presos que foram feitos reféns durante o motim e estão feridos.
Três detentos também fugiram do presídio durante o motim. Um foi recapturado e os outros dois, que conseguiram entrar em um matagal nas proximidades da unidade, estão sendo procurados pela polícia.
A rebelião também foi marcada pela intensa depredação da estrutura da PEL 2. Os presos danificaram todos os setores do presídio, e a polícia vai precisar fazer um levantamento dos estragos para definir se algumas alas serão ou não interditadas para reparos e reformas.
Toda a ação dos presos foi acompanhada por familiares e integrantes da Defensoria Pública, Centro de Direitos Humanos (CDH) e OAB.
Fonte: UOL