As eleições fazem parte de um acordo entre governo e oposição, em conjunto com a União Europeia e a Rússia, para acabar com a violência em Kiev.
As eleições são a principal reivindicação dos opositores, que promovem manifestações desde novembro de 2013, quando o governo desistiu de assinar um acordo de livre comércio com a União Europeia.
O acordo prevê também eleições presidências antecipadas, um governo de coalizão e uma reforma constitucional nas próximas 48 horas.
O número de mortos registrados nos conflitos dos últimos dias entre manifestantes e policiais chega a 80, segundo informações oficiais divulgadas pelo ministro ucraniano do Interior ad ínterim, Vitali Zakharcenko.
Ainda nesta sexta-feira, manifestantes ucranianos atiraram contra os policiais perto do Parlamento da capital, informou a policial local. Por sua vez, Yevhenia Timoshenko, filha da líder da oposição ucraniana Yulia Timoshenko, atualmente presa, pediu que o presidente Viktor Yanukovich seja processado.
"Yanukovich não tem mais legitimidade, deve ser processado por crimes que cometeu contra o seu povo", disse ela.
— Esta guerra civil não é entre irmãos, mas entre o regime e seu povo.
O número de policiais mortos nos distúrbios violentos que explodiram essa semana em Kiev chegou a 16, informou nesta sexta-feira o Ministério do Interior da Ucrânia.
"Já são 16 as baixas nas fileiras da Polícia. Cerca de 130 agentes foram hospitalizados com ferimentos à bala", assinalou um comunicado publicado no site da pasta.
Um total de 565 policiais recebeu assistência médica desde o dia 18 de fevereiro, deles 410 foram hospitalizados, segundo a nota.
R7.com