"Reduzimos muito a área de buscas e estamos muito certos de que os sinais são da caixa-preta que registra os parâmetros de voo e os diálogos dos pilotos", afirmou Abbott em Xangai, na China, segundo a emissora Australian Broadcasting Corporation.
"Mas também estamos entrando em uma etapa na qual o sinal que confiamos ser da caixa-preta começa a se esgotar com o fim das baterias", disse o premiê australiano. "Esperamos conseguir o máximo de informações possível antes que o sinal desapareça", acrescentou.
A área de rastreamento foi reduzida nesta sexta-feira para cerca de 46.713 quilômetros quadrados, 11.210 quilômetros quadrados a menos que a região coberta na quinta.
A Austrália está encarregada de coordenar as buscas pelo Boeing 777 e tem captado sinais nos últimos dias por meio de seu navio "Ocean Shield". Apesar disso, o chefe do Executivo australiano, Angus Houston, que também administra o Centro de Coordenação de Agências Conjuntas, responsável pelos trabalhos, declarou que "não houve nenhuma descoberta importante nas buscas do MH370".
"O Centro Conjunto de Análise Acústica da Austrália avaliou as informações e confirmou que o sinal detectado nas imediações do navio militar australiano 'Ocean Shield' não está relacionado com a caixa-preta do avião", destacou Houston.
O chefe do órgão se referia ao sinal captado por um avião AP-3C Orion da Força Aérea australiana na tarde de quinta-feira (10), na área rastreada pelo "Ocean Shield", que transporta um localizador de caixas-pretas e um submarino não tripulado.
Houston explicou que o "Ocean Shield" tenta captar outros sinais que tenham relação com a caixa-preta do avião malaio, antes que suas baterias acabem. Enquanto isso, os aviões AP-3C Orions continuam fazendo o rastreamento acústico.
A origem dos sinais foi identificada a mais de 2 mil km a noroeste da cidade australiana de Perth, na trajetória estimada do Boeing 777 da Malaysia Airlines. Assim que o sinal for localizado com mais precisão, será enviado ao mar um robô de fabricação americana, chamado "Bluefin-21", para buscar os destroços do avião.
Esse veículo submarino, que tem quase 5 metros de comprimento e forma de torpedo, é equipado com um sonar que pode ser substituído por uma câmera para registrar as partes da aeronave no fundo do oceano.
G1