Política

PP decide tirar do ar propaganda com ex-vice do Distrito Federal

 
"A direção nacional do partido determinou ao diretório estadual [do DF] que retire a propaganda do ar, e o diretório já a retirou. Houve a orientação e o próprio diretório do DF achou por bem retirar", disse.Na propaganda do PP veiculada nesta terça (3) no Distrito Federal, Paulo Octávio ressalta que quando foi senador, entre 2003 e 2007, defendeu o imposto único, o qual ele definiu como uma forma de reduzir "a corrupção, a sonegação e as fraudes".
 
Vice-governador do DF na gestão de José Roberto Arruda, Paulo Octávio foi preso na última segunda quando saía de um de seus hotéis, na área central de Brasília. Empresário do ramo da construção civil e do setor hoteleiro, ele chegou a assumir o cargo de governador por 12 dias, em 2010, após Arruda ter sido preso pela operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal (PF), que desarticulou um esquema de pagamento de propina a integrantes da base aliada do governo do Distrito Federal. 
 
Segundo as investigações do Ministério Público, o ex-vice do DF teria pago propina a agentes públicos para conseguir a liberação de alvará para a construção de um shopping emTaguatinga, região administrativa a cerca de 20 quilômetros de Brasília. A defesa nega as acusações.
 
Propaganda inconveniente
Ao G1, o presidente do PP avaliou que a propaganda com Paulo Octávio, exibida um dia após a prisão do empresário, não foi "conveniente". Ciro Nogueira tentou minimizar o episódio, alegando que o partido não tem "bola de cristal" e não poderia prever a prisão do ex-vice-governador.
 
"Nós não temos bola de cristal para prever uma situação como essa. Se o partido soubesse que ele iria ser preso, certamente não iria colocar a propaganda no ar", enfatizou.Na avaliação do dirigente do PP, a propaganda não afeta a imagem da sigla governista diante da opinião pública. Ele destacou ainda que a legenda não terá "a menor complacência" com Paulo Octávio caso ele seja condenado pela Justiça, porém, advertiu que a cúpula do PP não irá "execrá-lo".
 
G1

Redação

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