"Um grupo de mulheres policiais chegou ao local em que havia se instalado para protestar e a levou", indicou um ativista local, Janiki Devi, à AFP."Dizem que foi detida por se negar a comer, o que, segundo as autoridades, equivale a uma tentativa de suicídio".A polícia indicou que será levada ao hospital da prisão de Imphal, a capital do estado de Manipur, e será alimentada à força por sonda nasal."Não podemos deixá-la morrer", indicou um policial à AFP, que pediu o anonimato.
Sharmila começou sua greve de fome em novembro de 2000, depois de ver o exército matar 10 pessoas em um ponto de ônibus perto de sua casa em Manipur. Protesta, assim, contra a lei de poderes especiais das forças armadas, adotada em 1990 e que permite a elas disparar e deter suspeitos sem ordem judicial.Foi libertada do hospital da prisão na quarta-feira, um dia após um tribunal de Manipur rejeitar a acusação de tentativa de suicídio que pesava contra ela.
Concluiu que o jejum de Shamrila, que insiste que não está tentando pôr fim a sua vida, é "um protesto político por meios legais".No entanto, o tribunal também decidiu que o governo estatal "podia tomar as medidas apropriadas para sua saúde e segurança", como alimentá-la à força.
G1