A sentença contra Meriam, que na época estava grávida e deu à luz na prisão, gerou críticas internacionais que levara a sua soltura e ao cancelamento da pena. Posteriormente, ela voltou a ser detida ao tentar deixar o Sudão.Não foram divulgados detalhes sobre sua ida à Itália, mas um oficial sudanês afirmou que ela foi liberada pelo governo.As autoridades não a impediram de partir já que era sabido e foi aprovado com antecedência, disse a autoridade à Reuters.
Meriam foi acompanhada no avião pelo vice-ministro de Relações Exteriores da Itália, Lapo Pistelli. Ele disse a jornalistas no aeroporto de Ciampino, em Roma, que o país esteve em constante diálogo com o Sudão sobre o assunto, mas não deu mais detalhes.A sudanesa foi para a Itália acompanhada de seus dois filhos.Antes de deixar o Sudão, Meriam se refugiou na representação diplomática americana depois ter sido detida após sua libertação, quando tentava deixar o país, acusada de usar documentos falsos.
A justiça sudanesa a havia condenado à pena de morte por infidelidade ao Islã, em virtude da interpretação sudanesa da sharia (lei islâmica) vigente no país desde 1983, que proíbe as conversões para outras religiões.Seu marido, Daniel Wani, conta com a dupla nacionalidade americana e sul-sudanesa.Mariam diz ter nascido cristã e criada como cristã por uma família etíope no Sudão, e mais tarde sequestrada por uma família muçulmana sudanesa.Mulheres muçulmanas não podem casar com homens cristãos sob a lei islâmica no Sudão.
G1