Apesar da distância do território brasileiro dos principais alvos do terrorismo islâmico, o Brasil não está totalmente livre desse tipo de ação, ainda mais com eventos como os Jogos Olímpicos, a serem realizados no próximo ano no Rio, se aproximando. Quem afirmou isso foi a presidente da República, Dilma Rousseff, durante discurso em reunião do G20 em Antália, na Turquia.
"O que ocorreu em Paris mostra uma rede que vinha da Bélgica, a relação fronteiriça é muito forte. Mas isso não nos permite dizer que o Brasil está protegido", afirmou a presidente, nesta segunda-feira (16). "Temos de aprovar a lei antiterrorista para o Estado estar vigilante. Mas não podemos dizer, o que não é real, que estamos no centro desta questão."
Realizada após os ataques que deixaram ao menos 129 mortos em Paris na última sexta-feira (13), a reunião foi feita sob esquema de segurança sem precedentes, com a presença de chefes de Estado das mais poderosas nações do mundo, incluindo o presidente norte-americano, Barack Obama. Mais de 12 mil soldados, além de defesa aérea, foram mobilizados para garantir que o evento ocorresse sem incidentes.
Apesar do foco econômico do encontro, assim como outros líderes, Dilma focou boa parte de seu discurso na crítica aos ataques terroristas na capital francesa, ressaltando ser preciso "reprimir" os rebeldes com um "conjunto de ações".
“Ninguém pode taxar qualquer religião de, pelas suas características, ser patrocinadora de terrorismo. A não ser que a gente se esqueça da história", ressaltou ela. “Além disso, é muito reconhecido o fato de que nos países onde houve destruição do Estado Nacional, na medida em que o poder e o Estado se dissolvem, a questão do terrorismo também ganhou maior espaço. Isso ocorreu com a Al Qaeda, ocorreu com o Isis, com a Al-Nuzra."
Fonte: iG