O Ministério Público de Goiás (MP-GO) denunciou nesta segunda-feira (13) Sueide Gonçalves da Silva, 56, e Willian Divino da Silva Moraes, 28, por homicídio triplamente qualificado e tortura contra a cozinheira Marizete de Fátima Machado, 53. Segundo o órgão, a vítima foi morta pelos suspeitos por uma disputa comercial. Os dois confessaram o crime ao serem presos.
Para o promotor de Justiça, Aguinaldo Bezerra Lino Tocantins, autor da denúncia, o crime foi cometido por motivo fútil, com emprego de grande sofrimento físico e psicológico, além de impossibilitar a defesa da vítima.
O promotor também disse que o crime foi cometido porque a vítima era uma ótima cozinheira e trabalhava em uma pamonharia concorrente à da suspeita. Entretanto, Sueide afirma que cometeu o assassinato porque, segundo ela, Marizete era “feiticeira” e teria feito obras de feitiçaria contra sua família.
Se condenados pelos crimes, mãe e filho podem ficar presos por até 38 anos, cada, somando-se as penas dos dois delitos
Crime
O crime aconteceu no dia 29 de março, quando Marizete saía do trabalho e foi obrigada a entrar em um carro. Ela foi levada até um matagal em Abadia de Goiás, na Região Metropolitana, onde foi baleada e queimada.
Mesmo ferida, Marizete caminhou cerca de 2 km e conseguiu pedir ajuda. Ela teve mais de 40% do corpo queimado e morreu após dois dias internada no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo).
Antes de morrer, Marizete apontou Sueide e o filho dela como os autores do crime. A comerciante foi presa no dia seguinte ao homicídio. Já Willian foi preso na quinta-feira (2), em Quirinópolis.
Em um vídeo divulgado pelo Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer), ele contou que a mãe foi a responsável pelo homicídio. “Eles ameaçavam minha mãe de morte. Todos os dias ficavam implicando. Minha mãe deu os tiros nela [vítima] e colocou fogo”, disse.
Ele também revelou que, após o crime, jogaram a arma no Rio Meia Ponte e abandonaram o veículo na cidade de Corumbá. Depois disso, o rapaz foi de táxi até a casa de parentes, onde ficou escondido.
Fonte: G1