Na quinta-feira (20), as buscas tiveram de ser interrompidas por causa do mau tempo. Cinco aviões militares e civis, além de embarcações, estão envolvidos na operação.
Trata-se do local mais inacessível que se pode imaginar na face da Terra. Mas se há algo lá, vamos encontrar', afirmou o primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, em visita a Papua Nova-Guiné.
Nós devemos isso às famílias.
As dificuldades da região também foram ressaltadas pelo ministro da Defesa australiano, David Johnston, que em conversa com jornalistas na quinta-feira definiu o local de buscas como um dos 'mais isolados do mundo'.
Na quinta-feira, imagens de satélite identificaram objetos que podem ser destroços da aeronave a 2,5 mil km da cidade australiana de Perth, no sudoeste do país. Um dos objetos teria 24 m de comprimento.
Avião desaparecido pode ter voado no automático até cair.
Pouca visibilidade
'As condições climáticas [na quinta] eram tão ruins que não conseguimos ver quase nada durante a viagem', resumiu o capitão do primeiro voo da Força Aérea Australiana que chegou ao lugar onde o satélite identificou os objetos.
Diante desta primeira descrição, não surpreendeu o fato de que, horas depois, a AMSA (Autoridade de Segurança Marítima Australiana) anunciou que as operações seriam suspensas até a manhã desta sexta.
Se as condições encontradas pelos primeiros pilotos não foram boas, a situação que os barcos de resgate devem enfrentar no mar também deve ser complicada.
O local, segundo especialistas, é um dos mais remotos do planeta.
Geoffrey Thomas, especialista australiano em assuntos aeronáuticos, disse à BBC que caso se confirme que os objetos pertencem ao avião desaparecido, a operação de resgate poderá ser definida como uma 'missão impossível'.
Esta é uma das regiões mais difíceis para realizar as buscas. As ondas podem atingir 30 m de altura e a profundidade pode chegar a 3.000 m.
O professor de oceanografía da Universidade da Austrália Ocidental Chartiha Pattiaratchi disse à agência Reuters que as equipes de resgate têm de chegar a uma região conhecida como Naturalist Plateau, com área de cerca de 250 km de comprimento por 400 de largura.
'Aonde quer que vá, a profundidade é grande', acrescentou Pattiaratchi.
O oceanógrafo Gan Jianping, da Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong, disse à agência AFP que 'a corrente no local é uma das mais fortes do mundo, com movimentos rápidos de um metro por segundo'.
R7