Foi neste dia que ele pediu à mãe para morrer. Heather Pratten, de 76 anos, conta que a primeira vez que chamou uma ambulância para socorrê-lo foi repreendida. "Ele me disse: 'Nunca mais faça isso'."
Eles combinaram que ela aplicaria uma alta dose de heroína no filho. Ao perceber que ele não havia morrido, Heather acabou o sufocando com um travesseiro. Nos meses seguintes, ela teve que responder à Justiça e se declarou culpada pelo assassinato do filho. "Eu havia cometido, era mesmo culpada", conta em um vídeo da campanha Dignidade na Morte, grupo que apoia a eutanásia.
Ela diz que o ato não foi premeditado e foi uma demonstração de seu amor incondicional pelo filho, que preferiu morrer em vez de continuar sofrendo com a doença. "Foi uma decisão muito rápida usar o travesseiro."
Ele relembrou o dia em que ajudou o filho a morrer. "Tirei Nigel do hospital por causa do aniversário dele e o levei para o apartamento onde ele morava. Éramos apenas nós dois. Fiquei preocupada que alguém percebesse, mas Nigel me implorou para não deixar que o ressuscitassem."
"Só depois que tive certeza que ele estava morto, chamei a polícia e a ambulância. Contei que meu filho teve uma overdose e morreu." Quando a polícia chegou, ela explicou o que havia feito.
Heather foi interrogada e presa e acusada de homicídio. A acusação, depois, foi modificada e ela absolvida.
"Nunca me preocupei muito com isso. Só senti que fiz o certo para ele e que tudo se resolveria no fim, como, de fato, aconteceu."
Marie Claire