O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, nesta sexta-feira (25), o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) ante as denúncias de que é alvo na operação Lava Jato.
Em entrevista a rádios, o petista disse que "Renan pode ter todos os defeitos", mas ajudou seu governo: "Sou da opinião de que todo mundo é inocente até que se prove o contrário".
"Se quero para mim a [presunção da] inocência até que se prove o contrário, tenho que querer para os outros também", disse Lula, à mesa com a ex-presidente Dilma Rousseff.
No Senado, Renan votou pelo impeachment de Dilma em 2016. Questionado sobre um encontro programado com o ex-presidente José Sarney (PMDB) durante sua visita ao Maranhão, Lula se disse grato ao peemedebista.
"Sou grato a Sarney. É importante que se diga. Sou grato a Sarney como presidente do Senado", disse Lula.
E acrescentou: "Teve um tempo que as pessoas queriam que eu rompesse com Sarney. E eu iria ganhar de presente o Marconi Perillo [PSDB] como presidente do Senado. Eu deixaria de ter um tubarãozinho manso para ter um tubarão louco mordendo até o pé".
Na entrevista, concedida ao lado da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, Lula definiu como "questão de honra" a regulamentação da mídia, caso seja eleito.