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Justiça mantém prisão de jornalista suspeito de assediar colegas em Cuiabá

A Justiça Estadual manteve a prisão preventiva do jornalista Leonardo Heitor Miranda Araújo, 38 anos, suspeito de assediar e importunar sexualmente cerca de 10 colegas de trabalho, além de ser investigado por uma denúncia de estupro. Ele passou por audiência de custódia na tarde desta segunda-feira (25), no Fórum de Cuiabá.

O acusado havia sido preso no fim da manhã de ontem, no Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, na região metropolitana da Capital. Ele estava dentro de uma aeronave, que havia chegado de Salvador–BA.

Na ocasião, uma equipe de policiais civis da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM), comandados pela delegada Nubya Beatriz Gomes dos Reis, cumpriu um mandado de prisão expedido pela Primeira Vara de Violência Doméstica e Familiar da Comarca da Capital.

A ordem judicial se deu em razão do comunicador ter, supostamente, desobedecido uma medida protetiva. Leonardo teria ido a um prédio onde uma de suas vítimas trabalha, na Avenida Historiador Rubens de Mendonça, a Avenida do CPA, em Cuiabá.

Em entrevista ao site Leia Agora, o jornalista alegou que foi ao local para procurar uma consultoria jurídica.

“Eu fui consultar dois advogados, um na área cível e outro criminal, um fica no 14º e o outro não lembro. Sinceramente, eu não sabia, porque na medida protetiva estava só o endereço residencial. Se eu soubesse (que a vítima trabalhava naquele local) não teria ido”, ponderou.

Leonardo Heitor está detido no Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), no bairro Carumbé.

Denúncias

De acordo com os boletins de ocorrência, Leonardo Heitor criava perfis falsos em aplicativos de mensagens, com fotos de modelos e o DDD de outros estados, para enviar mensagens de cunho sexual, incluindo fotos e vídeos do pênis, para as vítimas ­– a maioria delas também jornalistas.

Segundo as mulheres que recebiam as mensagens, o jornalista dizia que conseguia o contato delas por meio de uma rede social voltada para relacionamentos; o Tinder. Porém, algumas das vítimas do assédio alegaram que nunca criaram conta no aplicativo de romance.

Elas ressaltaram que bloqueava o contato do suspeito, mas que, ainda assim, voltavam a ser perturbadas pelo rapaz, que as chamava com outro número de telefone. 

À época, Leonardo contou que o fato gerou diversos prejuízos pessoais e profissionais, mas prometeu prestar esclarecimentos acerca dos acontecimentos à polícia.

“Minha vida foi destruída. Perdi a namorada, emprego e a casa. Tem sido muito difícil, pois as pessoas estão julgando tudo de uma forma muito dura e sem ter conhecimento do que ocorreu. Logo mais, irei até a Polícia Civil para esclarecer todas as dúvidas”.

 

 

Redação

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