Cidades

Justiça aceita denúncia contra noivo de funkeira

A Justiça do Rio aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público contra Milton Severiano Vieira, o Miltinho da Van, de 32 anos, pelo crime de homicídio qualificado contra a funkeira Cícera Alves de Sena, a Amanda de Bueno, de 29, no dia 16 de abril. Entre as qualificações, estão motivo fútil, crueldade e feminicídio. As informações foram confirmadas pelo Tribunal de Justiça nesta terça-feira (5).

O magistrado ainda manteve a prisão preventiva de Milton, alegando, que além de ter cometido o crime, Milton tentou fugir do local do assassinato com um veículo que pertencia à vítima, configurando roubo majorado.

"Alega a Promotora de Justiça, na inicial acusatória, o seguinte: que, no dia 16 de abril de 2015, por volta das 16:50 horas, no interior da residência situada na Rua da Constituição nº 240, em Nova Iguaçu, o denunciado, com vontade livre e consciente de matar, teria segurado de forma brutal a vítima Cícera Alves de Sena, conhecida como Amanda, e arremessado seu crânio contra o solo por várias vezes, golpeando-a com uma pistola e, depois, efetuado vários disparos de arma de fogo contra a cabeça da mesma, o que causou lesões corporais que, por sua natureza e sede, foram a causa única e eficiente de sua morte", afirma a decisão do juiz Alexandre Guimarães Gavião Pinto, da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu.

A decisão, do dia 30 de abril de 2015, ainda afirma que o crime foi cometido por motivo fútil, "em razão de discussão ocorrida momentos antes dos fatos entre o denunciado e a vítima, após esta ter descoberto um relacionamento extraconjugal do acusado".

"Argumenta o Ministério Público que a qualificadora do meio cruel também se configura, diante das fotografias sangrentas, nas quais se verifica partes do cérebro da vítima espalhadas pelo quintal da residência do casal, bem como pelas imagens apreendidas pelos equipamentos de segurança a demonstrar a alegada brutalidade e crueldade da dinâmica delitiva. Quanto à qualificadora do feminicídio, sustenta a Promotora de Justiça que a mesma se configura, eis que o crime envolve violência doméstica e familiar, sendo a vítima companheira do denunciado", diz outro trecho da decisão.

Milton ainda tentou limpar a cena do crime, ao tentar se livrar de um revólver Taurus, calibre 38, uma pistola Taurus calibre 380, uma espingarda calibre 12, uma pistola Taurus calibre 40, um colete à prova de balas, além de farta quantidade de munição dos mais variados calibres, que eram guardadas em sua residência.

O advogado de Milton Severiano Vieira foi contactado mas não atendeu às ligações do G1. Recentemente, após ameaças nas redes sociais, a filha de Amanda afirmou que mudaria os hábitos.

Fonte: G1

Redação

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