Após ser presa por jogar cerveja no rosto de um policial militar em bar na Praça Popular, em Cuiabá, na madrugada desta terça-feira (12), a jornalista Nildes Souza, fechou acordo com a Justiça e vai pagar fiança de um salário mínimo – valor que será quitado em duas parcelas – para deixar a prisão.
A profissional de comunicação recebeu liberdade temporária e deverá usar tornozeleira eletrônica durante 90 dias.
A juíza Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa, do Núcleo de Audiências de Custódia de Cuiabá, foi quem deferiu o pedido da defesa. Os advogados justificaram que a cliente trabalha, possuí endereço fixo e é a genitora de duas crianças com menos de 12 anos.
“CONCEDO LIBERDADE PROVISÓRIA à custodiada NILDES DE SOUZA, mediante o pagamento de FIANÇA, que mantenho em 01 salário mínimo, em razão das alegações da custodiada de que possui emprego fixo, imóveis e renda de alugueis, a ser pago em 02 parcelas mensais e iguais, concedendo o prazo de 05 dias para o pagamento da primeira parcela” – informa trecho da decisão da magistrada.
A jornalista foi autuada por desacato à autoridade e agressão ou ameaça a funcionário público. De acordo com o Ministério Público, Nildes Souza, se condenada, pode pegar pena de até quatro anos de reclusão.
A mulher tem ficha extensa na polícia, com outras 22 passagens.
Confusão
O caso foi registrado nas primeiras horas da madrugada de ontem.
A suspeita teria jogado uma garrafa de vidro na viatura que fazia o patrulhamento da região e, ao ser abordada, passou a ofender os militares com xingamentos.
Ela dizia que era filha de policial federal, tentando intimidar os profissionais. Depois disso, a suspeita ainda jogou o copo de cerveja no rosto de um dos agentes, que pulou a cerca que separa o bar da calçada e entrou no local para prendê-la.
Mesmo cercada, a mulher reagiu e houve confusão dentro do local. Outros consumidores do local flagraram e filmaram a cena. Ela precisou ser algemada para ser contida.
Enquanto os policiais faziam a prisão, uma testemunha gritava "ela é mulher!!", como forma de alertar para o uso da força.