Internacional

Hospital afegão foi bombardeado por erro, diz comandante dos EUA

Hospital dos Médicos Sem Fronteiras em chamas em Kunduz, no Afeganistão (Foto: Médicos Sem Fronteiras / AP)

O recente bombardeio americano sobre um hospital em Kunduz que matou 22 pessoas foi um erro, disse nesta terça-feira (6) o principal comandante americano no Afeganistão.

"Um hospital foi atingido por erro", indicou o general John Campbell na comissão de forças armadas do Senado.
"Nunca apontaríamos intencionalmente contra uma instalação médica protegida", acrescentou.

A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), responsável pelo hospital atingido, disse nesta terça que está trabalhando com a suposição de que o bombardeio aéreo na cidade afegã de Kunduz no fim de semana foi um "crime de guerra".

Joanne Liu, presidente do MSF Internacional, disse em nota: "Comunicados do governo afegão informaram que forças do Taliban estavam usando o hospital para atirar contra forças da Aliança. Esses relatos implicam que forças afegãs e norte-americanas trabalhando juntas decidiram derrubar um hospital totalmente funcional, o que pode ser julgado como um crime de guerra".

Justificativas
Campbell já havia falado sobre o assunto na segunda-feira (22), quando afirmou que as forças afegãs solicitaram apoio aéreo em um combate contra militantes do Talibã pouco do hospital ser atingido.

Segundo o general, as forças do Afeganistão alertaram as forças de operações especiais dos EUA no solo que precisavam de apoio aéreo norte-americano, e o ataque foi então realizado. Ele não especificou, entretanto, se o bombardeio feito pelos EUA foi o que atingiu o hospital.

“Nós agora sabemos que em 3 de outubro as forças afegãs alertaram que elas estavam sendo atingidas por posições inimigas e pediram apoio aéreo das forças americanas”, disse Campbell em uma entrevista coletiva. “Um ataque aéreo foi então realizado para eliminar a ameaça Talibã, e diversos civis foram atingidos acidentalmente.”

Ele se recusou a dar mais detalhes, afirmando apenas que uma investigação militar está em andamento. Segundo ele, um dos investigadores o informou que o ataque foi requisitado pelos afegãos, e não pelos próprios americanos.

Indignada pelo ataque, a MSF decidiu retirar seus funcionários de Kunduz, um duro golpe para a população civil que sofre as consequências dos combates entre o exército afegão e os rebeldes talibãs, que disputam o controle desta grande cidade do norte do Afeganistão.

Fonte: G1

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Internacional

Orçamento de Londres-2012 dispara até os 13 bilhões de euros

A organização dos Jogos ultrapassou em quase 2,4 bilhões de euros o orçamento com o qual trabalhava, segundo revelou o
Internacional

Brasil firma parceria e estimula produção sustentável de café

A ideia da parceria é por em prática medidas que levem à redução da pobreza por meio de atividades que