O incidente ocorreu um dia depois de o prefeito de San Cristóbal, capital do estado de Táchira, Daniel Ceballos, opositor ao governo de Nicolás Maduro, ser detido sob acusação de apoiar atos de vandalismo no país. No mesmo dia, outro opositor, o prefeito da cidade de San Diego, estado de Carabobo, Vicente Scarano Spisso, foi condenado por tribunal venezuelano a dez meses e 15 dias de prisão por não impedir o bloqueio de vias por manifestantes na região.
A Venezuela enfrenta onda de protestos há cerca de 40 dias. Ontem, em seu programa de rádio Em Sintonia com o Ministério Público, a procuradora-geral do país, Luisa Ortega Diaz, confirmou a morte de 31 pessoas nas manifestações, das quais 25 civis e seis policiais, militares e funcionários públicos. O número de feridos passa de 400. O número de pessoas que estão detidas por envolvimento com os atos de violência era 121 na manhã de ontem.
Nos dias 25 e 26 de março, ocorrerá uma nova conferência de paz na Venezuela, chamada pelo presidente Maduro, com a participação de chanceleres da União de Nações Sul-Americanas (Unasul). O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo Machado, disse ontem que intenção do grupo é apoiar e acompanhar um diálogo nacional que leve a um clima de tranquilidade.
*Com informações das Agências Lusa e Venezolana de Notícias
Agência Brasil