Os Estados Unidos liberaram a importação de carne in natura de 14 estados do Brasil, segundo a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu. De acordo com o comunicado do ministério, a decisão encerra uma restrição praticada há 15 anos.
A medida, diz o texto, favorece a 95% da agroindústria exportadora brasileira. Agora caberá aos estados brasileiros se habilitarem para a venda de carne in natura ao mercado norte americano.
“Temos que persistir obstinadamente em praticar uma defesa agropecuária de forma permanente. Vamos trabalhar para que o Brasil se situe entre os cinco países do mundo como referência agropecuária”, afirmou a ministra, segundo a nota.
“A presidente Dilma Rousseff tem dado todo o apoio à defesa agropecuária e colocou seu peso político nas negociações com os Estados Unidos para alcançarmos essa posição”, disse Kátia Abreu.
Há 15 anos, os Estados Unidos não importam carne in natura do Brasil e o desfecho da negociação desta segunda-feira é uma sinalização importante para a abertura de novos mercados. Os EUA são reconhecidos pela severa restrição ao ingresso de produtos no seu mercado doméstico.
Regulamentações
De acordo com a Reuters, o Serviço de Inspeção de Sanidade Animal e Vegetal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) está alterando suas regulamentações para permitir a importação de carne bovina não processada do Brasil e da Argentina sob algumas condições específicas que mitiguem o risco de transmissão de febre aftosa, disse a agência nesta segunda-feira.
"Este é o primeiro passo do processo para que estas regiões ganhem acesso ao mercado de carne bovina dos Estados Unidos", disse o serviço.
Brasil e Argentina também precisam atender padrões de segurança alimentar antes de serem definitivamente habilitados para qualquer embarque de carne bovina para os EUA.
A avaliação de riscos feita pela agência do USDA indica que a carne bovina, resfriada ou congelada, pode ser importada com segurança, contanto que certas condições sejam garantidas para evitar a chegada do vírus da febre aftosa aos EUA.
O USDA irá avaliar a equivalência dos programas de sanidade do Brasil e da Argentina com os dos EUA, além de um realizar uma auditoria presencial nos sistemas de segurança alimentar dos dois países. As regras demoram 60 dias para vigorarem, após a publicação no diário oficial norte-americano.
Fonte: G1